quinta-feira, 21 de junho de 2018

Conceito revolucionário de justiça social norteia novo MBA em Gestão da Qualidade, Ética e Equidade em Saúde



Conceito revolucionário de justiça social norteia novo MBA em Gestão da Qualidade, Ética e Equidade em Saúde

Com abordagem inédita no Brasil, curso destina-se à formação e aprimoramento de diretores e líderes de instituições de saúde


Um dos princípios doutrinários do Sistema Único de Saúde (SUS), a equidade em saúde representa um passo adiante no conceito de justiça social. Não é apenas promover igualdade de oportunidades e de distribuição. A ideia é dar assistência a quem mais precisa, para eliminar as diferenças. Aliada à ética, a equidade é um fator imprescindível na busca pela qualidade na gestão do setor da saúde, o que vale tanto para instituições particulares e públicas. Esta visão inovadora da busca pela qualidade é um dos pontos-chave do MBA em Gestão da Qualidade, Ética e Equidade em Saúde, fruto de uma parceria entre o Consórcio Brasileiro de Acreditação (CBA), o Instituto Educacional Luterano Bom Jesus (IELUSC) e o Instituto de Ensino e Pesquisa do Hospital Dona Helena (IDHEP), e que terá a sua primeira turma no próximo mês de julho, em Santa Catarina.
Atualmente, o CBA mantém também parcerias com a Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-RJ) e com a Faculdade de Educação em Ciência da Saúde do Hospital Alemão Oswaldo Cruz (SP), para a realização de cursos de especialização ou MBA para gestão da qualidade. “Estes cursos são importantes porque nos possibilitam treinar e capacitar um número cada vez maior de pessoas e, principalmente as lideranças”, afirma a médica Maria Manuela Alves dos Santos, superintendente do CBA. “Hoje, está claro que se não tivermos lideranças capacitadas, treinadas e informadas sobre a qualidade, não alcançaremos os padrões de qualidade e segurança importantes para toda a cadeia do processo de cuidado”, conclui.
Único no país
 “O tema desse curso vem suprir uma necessidade totalmente inovadora, que é a questão da ética e da equidade. Esse é o diferencial do curso”, destaca a coordenadora geral do MBA, Solange Abrocesi, enfermeira com mestrado e doutorado em saúde pública. De acordo com ela, são esses conceitos aplicados à gestão que vão possibilitar que o profissional assuma um comportamento diferente. “Estamos falando de uma gestão voltada para pessoas, que pense em pessoas, na saúde e na doença, sobretudo naquelas decisões que são críticas. Com esta base, o profissional vai estar preparado para tomar uma atitude subsidiado por conceitos introjetados, no que diz respeito à equidade, pensando na justiça e na igualdade”, completa ela, que é professora do curso de graduação em enfermagem da Faculdade IELUSC.
Coordenador técnico do MBA, o patologista Carlos José Serapião é o idealizador do curso e explica que os temas centrais qualidade, ética e equidade se sustentam no tripé formado pelas instituições que se uniram para a realização do MBA: a estrutura acadêmica do IELUSC, que garantiu o cumprimento de todas as normas para a regularização do curso junto ao Ministério da Educação. Outro ponto é a questão da qualidade e do esforço de melhoria continuada dos serviços de saúde, onde se encaixa a missão do CBA, relacionada à qualidade e a segurança no cuidado ao paciente. E por fim, o Hospital Dona Helena, que através do Instituto de Ensino e Pesquisa, é o principal orientador da estrutura técnica do curso. “A junção dessas três entidades se dá porque cada uma delas tem uma diferente responsabilidade em relação ao novo curso de pós-graduação”, afirma ele que é o coordenador do Instituto de Ensino e Pesquisa do Hospital Dona Helena e atual presidente da Regional de Santa Catarina da Sociedade Brasileira de Bioética.
Maria Manuela reforça que o MBA tem conteúdo técnico desenvolvido a partir de demandas reais do CBA para a formação de especialistas na área. “O programa do curso está totalmente de acordo com as diretrizes que guiam o nosso trabalho pela melhoria da qualidade e segurança na saúde há 20 anos”, completa ela.
 Ética ou compliance?
Aliada ao conceito de equidade, a ética será abordada em diversos aspectos, como conta Serapião. “Começamos com a ética do atendimento do profissional de saúde e os diversos níveis em que se manifesta: a autonomia do paciente, a reprodução assistida, o cuidado paliativo, o cuidado com o final da vida, para citar alguns. Outro componente é a eticidade do profissional frente a essa ação, em que temos um humano cuidando de outro humano. Uma relação que não pode ser poluída por nenhum conflito de interesse. E por fim, temos os profissionais médicos entre si”, destaca ele. O coordenador do curso destaca que paralelamente às questões relativas à ética, surge a discussão a respeito do compliance, que seria a garantia de observação de toda a questão ética de acordo com as melhores práticas, “sem esquecer que estamos tratando de uma empresa que vai lidar com a vida humana, com a dignidade da vida”, reforça ele.
Estrutura inovadora
Não são só os temas do MBA em Gestão da Qualidade, Ética e Equidade em Saúde que são novidade. A estrutura do curso também foi concebida de forma diferenciada. Multidisciplinar, o programa foi dividido em eixos temáticos, para que em cada módulo, os alunos tenham foco nos tópicos propostos dentro de assuntos mais amplos. “Esse curso é inovador também no que diz respeito à transmissão do conhecimento e traz os temas distribuídos dentro desses eixos construtivos”, ressalta Serapião. Responsável pela divisão dos temas, a professora Solange Abrocesi explica que os eixos construtivos se complementam e aprofundam o conhecimento à medida em que o aluno vai progredindo. Ela é taxativa: “não existe no Brasil nem um outro curso de MBA com essa proposta, do que jeito que este está elaborado”, garante.
De caráter multidisciplinar, o MBA em Gestão da Qualidade, Ética e Equidade em Saúde é destinado “a todos os profissionais graduados que tenham interesse na questão da administração, sejam eles advogados, enfermeiros, médicos, psicólogos ou arquitetos. O foco é a gestão, independente da formação”, esclarece a professora.
Para garantir o nível de excelência do MBA, os coordenadores não pouparam esforços para encontrar profissionais com expertise em cada um dos temas e subtemas. “Esse curso tem 10 doutores, 12 mestres e 3 especialistas. Não é um curso para iniciantes”, afirma Serapião. O MBA em Gestão da Qualidade, Ética e Equidade em Saúde está previsto para começar em julho. Com aulas mensais, sempre no terceiro fim de semana do mês, o MBA terá duração de 18 meses e carga horária de 474h, divididas em aulas presenciais, EAD, orientação e elaboração de TCC. As aulas presenciais serão ministradas em Joinville (SC), nas dependências do IDHEP e do IELUSC.



quarta-feira, 20 de junho de 2018

Hospital Santa Catarina de Blumenau rumo a Acreditação JCI


Hospital Santa Catarina de Blumenau busca visão mais sistêmica dos processos da qualidade com acreditação internacional JCI


Instituição com longa caminhada na busca por padrões de excelência no cuidado prestado aos pacientes, o Hospital Santa Catarina de Blumenau encontrou na acreditação da Joint Commission International (JCI) a chance de ter uma visão mais detalhada e sistêmica dos processos internos. De acordo com a supervisora da Qualidade da unidade, Karina Paris, “a uniformidade dos processos na instituição, assim como nos serviços terceiros, alcançada pelos padrões JCI, garante maior segurança na condução dos mesmos”. Segundo ela, há uma preocupação de que a segurança e a qualidade se reflitam ‘na ponta’, ou seja, na prestação do cuidado, conduz a instituição, seus colaboradores e médicos para um nível mais elevado de entrega. “A parceria com o serviço terceiro se estreita e juntos todos buscam a excelência”, explica.
Para iniciar o processo de acreditação, a equipe do Hospital contou com a expertise do Consórcio Brasileiro de Acreditação (CBA), associado da JCI no Brasil. “Os trabalhos de educação desenvolvidos pelo CBA junto ao nosso Hospital têm sido de suma importância para o início dessa caminhada. A capacitação no manual por especialistas permite maior entendimento dos padrões e uma interpretação clara do que se está pedindo nos elementos de mensuração, levando assim a construção de planos de ação pertinentes”, sublinha Paris. De acordo com ela, a semana de diagnóstico foi muito produtiva e de grande aprendizado. “Ter três especialistas avaliando os processos da instituição e ao mesmo tempo contribuindo com seus conhecimentos deu às lideranças e colaboradores um apoio importante para o desenvolvimento do trabalho futuro”, destaca.
Além da semana de diagnóstico, a instituição também contou com a visita de um consultor do CBA para ministrar uma aula de capacitação sobre o Manual JCI para Hospitais – 6ª edição ao grupo de líderes. “A participação dos líderes e colaboradores no processo de avaliação diagnóstica mostrou que todos estão engajados na implementação das melhorias necessárias e com os gaps identificados”, comemora Paris.
Segundo a supervisora, com a vantagem de o hospital já trabalhar a cultura da qualidade no seu dia a dia, as equipes têm mais facilidade na implementação dos padrões da JCI. Além disso, a maioria das oportunidades de melhoria identificadas são ajustes nos processos já existentes na instituição. A exceção fica por conta da construção do processo de avaliação do corpo clínico, já embrionariamente iniciado pelo hospital há alguns anos. “Esse é um processo complexo, que incluí não somente a construção de dados, mas a mudança de cultura da equipe médica e, portanto, é um dos pontos de atenção do grupo de médicos que irá trabalhar os padrões da JCI relacionado aos processos médicos”, explica.
A avaliação será trabalhada por um grupo de médicos, criado no início do processo de acreditação, com representantes das principais áreas assistenciais, que irão apoiar na implementação das melhorias relacionadas aos processos médicos e na disseminação junto ao corpo clínico. “Esse grupo será coordenado pela médica da Qualidade e todos são subordinados ao superintendente médico Dr. Mario Celso Schmitt. Como supervisora da Qualidade, a orientação ao grupo será de minha responsabilidade e entendo que com essa estrutura de trabalho as dificuldades serão minimizadas”, diz Paris.
Para verificar se o conhecimento sobre os padrões da JCI está sendo assimilado, Paris explica o vem sendo desenvolvido na instituição desde 2017. “Temos um trabalho interno, em que eu e o médico da Qualidade realizamos avaliações tracers nas unidades. Esse trabalho nos permite avaliar não só os processos, mas o quanto os colaboradores e líderes têm conhecimento sobre eles. Essa atividade ajuda na disseminação das práticas de excelência e na educação continuada das equipes, assim como na identificação de melhorias contínuas para a manutenção dos processos de excelência. Outra forma que utilizamos para verificar o conhecimento é a avaliação de diagnóstico, que junto ao diagnóstico interno, realizado pelas lideranças de capítulos e pela Qualidade, dará subsídios para evoluir em planos de ação e programas de educação continuada”, conclui. 

 www.cbacred.org.br


terça-feira, 19 de junho de 2018

CBA na Expo Clínicas


Maria Manuela Alves, superintendente do Consórcio Brasileiro de Acreditação (CBA) – 
associado da Joint Commission International no Brasil, 
irá mediar palestra no Expo Clinicas - Médicos S/A 
nos dias 14 e 15 de setembro de 2018.
- O que a saúde pode aprender com o trabalho de equipe e segurança da aviação - Patrick Mendenhall - Piloto da Delta AirLines e autor de Beyond the Checklist.

segunda-feira, 18 de junho de 2018

Consórcio Brasileiro de Acreditação e Joint Commission International: 20 anos de parceria

Consórcio Brasileiro de Acreditação e Joint Commission International: 20 anos de parceria

Nos dias 29 e 30 de maio, o Consórcio Brasileiro de Acreditação (CBA) e a Joint Commission International (JCI) celebraram 20 anos de atuação no Brasil, com uma reunião interna de planejamento e com uma cerimônia no Hospital Israelita Albert Einstein (HIAE), o primeiro no mundo a ser acreditado com a metodologia JCI.
“Só temos que nos orgulhar por ter contribuído para a construção da cultura da qualidade na Saúde, em todo o mundo, ser exemplo de coragem e determinação na busca pela qualidade e segurança em Saúde”, disse a Diretora Executiva de Prática Assistencial, Qualidade, Segurança e Meio Ambiente do Albert Einstein, Cláudia Garcia, durante a cerimônia de entrega da sexta reacreditação do HIAE, ocorrida no dia 30, em São Paulo.
A entrega do certificado foi feita pelo vice-presidente de Acreditação, Padrões e Medidas da JCI, Paul Chang, diretamente ao presidente da Sociedade Beneficente Brasileira Israelita Brasileira Albert Einstein, Sidney Klajner. A cerimônia contou ainda com a presença do diretor geral e do presidente do Conselho Deliberativo da Sociedade Israelita, respectivamente, Henrique Sutton de Souza Neves e Cláudio Lottenberg, de representantes do CBA – José de Lima Valverde Filho, coordenador de Acreditação, José Carvalho de Noronha, diretor de Relações Internacionais, e Maria Manuela Alves dos Santos, superintendente – e de membros da JCI (Paul Eskew, diretor executivo de consultoria internacional, e Christiane Grannan, executiva de contas internacionais da JCI).
A Diretora Cláudia Garcia resumiu o significado do hospital em ter a acreditação JCI: “É demonstrar credibilidade, transparência e compromisso com a melhoria continua e o trabalho colaborativo, sendo referência em qualidade, verdade e colaboração e inspirar confiança e determinação na busca contínua pela melhoria da assistência e das operações”.

Parceiro associado
Antes de ir a São Paulo, a alta direção da JCI esteve no Rio de Janeiro reunida com as lideranças do CBA, reafirmando a parceria entre as duas instituições e traçando os planos de atuação para os próximos anos. “A última vez que estive no Brasil foi há 3 anos. Promovemos esse encontro entre meus colegas da JCI e a equipe do CBA para nos familiarizar com a atual situação da saúde no Brasil”, diz Paul Chang. Segundo ele, o Brasil tem a maior população da América do Sul e é visto como um mercado importante para a JCI. “Atualmente, a JCI conta com 5 avaliadores brasileiros, oriundos do CBA, e vê com bons olhos a oportunidade de ter um relacionamento mais próximo com profissionais e organização de cuidado em saúde”, comenta.
Para Maria Manuela, superintendente do CBA, a acreditação e a melhoria da performance são processos contínuos e não acontecem apenas quando os avaliadores estão atuando na instituição que busca a acreditação. “Essa atuação é constante e o que estamos fazendo durante esses 20 anos de parceria com a JCI, que vê esse relacionamento com as organizações de saúde como de suma importância para o desenvolvimento da qualidade e segurança da Saúde no Brasil, tanto no setor privado quanto público”.