quinta-feira, 19 de março de 2015

A difícil escolha do melhor hospital

A difícil escolha do melhor hospital

Até quando o Ministério da Saúde vai negar aos brasileiros o direito à informação sobre os indicadores de qualidade das instituições de saúde?

CRISTIANE SEGATTO
16/01/2015 18h46 - Atualizado em 16/01/2015 19h30
iShre6 
No início de cada semana, tenho uma única certeza: até o final dela, algum leitor ou colega pedirá a indicação de um bom médico ou de um bom hospital. Não me surpreendo quando vários pedidos surgem no mesmo dia. Acontece com todo jornalista da área de saúde.
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Tento ajudar da melhor maneira possível, mas lamento não poder me guiar por parâmetros objetivos. A escolha de médicos sempre será subjetiva, mas é inadmissível que a seleção de hospitais também seja.

Até quando o Ministério da Saúde vai negar aos brasileiros o direito à informação sobre os indicadores de segurança e desempenho dos hospitais? Podemos escolher hotéis e restaurantes a partir de critérios técnicos, mas somos impedidos de comparar as diferentes instituições de saúde.
 
Qual é o índice de infecção do hospital A? E as taxas de complicação do B? Qual é a sobrevida de quem faz uma cirurgia cardíaca ou um transplante aqui ou ali? Esses dados existem -- pelo menos no grupo de hospitais privados que passam por longos processos de avaliação internacional para receber selos de qualidade.

As informações seguem guardadas a sete chaves. Ainda que um hospital divulgue um ou outro parâmetro (em geral, o mais favorável a ele), o cliente não pode comparar as diferentes instituições.
 
Meu sonho de consumo é um ranking. Uma ferramenta que me permita escolher o melhor hospital a partir de critérios que realmente façam diferença quando o assunto é saúde.

Enquanto essas informações não se tornarem públicas, os pacientes continuarão a escolher hospital da forma mais idiota que existe: pela decisão (muitas vezes, mal informada) das celebridades, pelo piso de mármore e pela decoração elegante.

Saúde é o mais precioso dos bens. Não pode ser delegada a qualquer um. Há coisas que os hospitais não contam, como revelamos nesta reportagem de capa nesta outra coluna.
Os brasileiros precisam acordar para isso e exigir o respeito ao seu poder de decisão. “De forma geral, os pacientes ainda são muito passivos”, diz Antonio Lira, superintendente técnico-hospitalar do Sírio-Libanês, em São Paulo. “Precisamos educar a população para que ela nos vigie mais e nos ajude a melhorar aquilo que não vai bem.”

Não sonho com algo impossível. Nos Estados Unidos, o governo criou um site para ajudar a população a avaliar os indicadores de segurança e qualidade de 3.300 hospitais. O cidadão seleciona hospitais de interesse em determinada região e o sistema fornece gráficos com a comparação das instituições com base em indicadores como “complicações cirúrgicas”, “óbitos”, “reinternações” e “infecção hospitalar”.

Enquanto as autoridades brasileiras não atendem a essa necessidade, cabe aos hospitais levar a sério o discurso da transparência. O Sírio-Libanês é um dos que passaram a divulgar alguns indicadores importantes, mesmo quando eles são desfavoráveis à instituição.

Ao acessar o site, o cliente pode ver o desempenho do hospital em relação a metas internas de qualidade e em relação aos índices recomendados internacionalmente. Fica sabendo, por exemplo, que o índice de infecção hospitalar piorou ligeiramente no ano passado em relação a 2013.

“Não dá para brincar de ser transparente e mostrar só o que é favorável à instituição”, afirma Lira. Segundo ele, os fatores que levaram ao aumento dos casos de infecção hospitalar estão sendo investigados. “Talvez isso tenha ocorrido porque recebemos mais pacientes já infectados com bactérias resistentes aos medicamentos”.

Se um hospital disser que tem índice zero de infecção ou de erros cirúrgicos ou de medicação, fuja dele correndo. É mentira - ou a instituição não está registrando e investigando as ocorrências.

Por mais zeloso que um hospital seja, erros acontecem. Um paciente do Sírio-Libanês procurou a instituição para fazer um checkup. Um tumor inicial no rim foi descoberto e a cirurgia, agendada.

Lira conta que todo o ritual de cuidados preconizados pelo hospital para garantir uma cirurgia segura foi realizado. Quando abriu o paciente e olhou o rim, um cirurgião dos mais experientes não observou lesão alguma. Pediu para ver a imagem do exame e, surpreso, notou que o tumor era no outro rim – o esquerdo.

O que deu errado? O cirurgião havia se guiado pelo laudo do radiologista (e não pela imagem) para fazer o corte. Só que o laudo estava errado. Por que o radiologista errou? Mais um caso de falha induzida pela alta tecnologia...

O software sofisticado permitia ao radiologista rodar a imagem do exame na tela para observar o órgão em detalhes antes de escrever o laudo. O radiologista rodou a imagem e saiu da sala. Quando voltou, esqueceu que havia feito a inversão e escreveu o laudo como se o tumor fosse no rim direito – exatamente como o enxergava na tela do computador. Um pequeno deslize que expôs o paciente a um risco desnecessário e o hospital, a um enorme constrangimento.

O resultado: o corte foi fechado e o paciente voltou para o quarto. A equipe, orientada por Lira, explicou a falha ao cliente e assumiu o erro. O caso levou à mudança do software e à adoção de uma dupla conferência da imagem e do laudo antes das cirurgias.

Um mês depois, a operação no rim certo foi feita no próprio hospital. O paciente se recuperou e, a convite de Lira, contou sua história publicamente num congresso de tecnologia e cuidados hospitalares.

“Precisamos falar sobre nossos erros para nunca esquecermos que somos falíveis”, diz Lira. “A questão não é tentar ser infalível. Todo mundo erra. A questão é como devemos agir depois de uma falha”.

Ouvir isso de um médico que ocupa um alto cargo na gestão de um dos maiores hospitais privados do país é sinal de uma louvável mudança cultural. Muito mais ainda precisa acontecer nas instituições de saúde para que a transparência deixe de ser apenas um discurso conveniente.


http://epoca.globo.com/colunas-e-blogs/cristiane-segatto/

A doença da saúde suplementar

A doença da saúde suplementar

Mauricio Ceschin

O chamado escândalo das próteses é um tema importantíssimo, mas constitui apenas um dos sintomas nefastos de uma doença maior: o modelo de remuneração de prestadores de serviços médicos, principalmente hospitais.

É caso de polícia a indicação que alguns médicos fazem de órteses, próteses e materiais especiais (OPME) sem a devida indicação clínica com o simples propósito de aumentar seus ganhos financeiros.

A lógica por trás dessa prática, no entanto, é a mesma que incentiva a indicação de uma enorme quantidade de exames e procedimentos médicos: o modelo atual de remuneração, que estimula o consumo de OPME, de materiais em geral, de medicamentos e de tecnologia como fonte de receita.

É importante dizer que, ao concentrar seu ganho no almoxarifado, os hospitais buscam compensar a perda que têm com os valores de diárias, taxas e serviços que vêm sendo comprimidos nas negociações com as operadoras de saúde.

Esse modelo cria graves distorções, como a redução do ganho da maioria dos médicos --que age com lisura--, comprimido por gastos crescentes com insumos, que respondem às vezes por 60% de uma conta hospitalar, e a realização de procedimentos desnecessários ou sem a devida comprovação de indicação clínica.

Ademais, não há alinhamento com o propósito do sistema, que deveria ser o de alcançar o melhor desfecho clínico com a melhor equação custo-qualidade-efetividade e incentiva o desperdício em um setor que tem uma carência crônica de recursos.

Para o consumidor de plano de saúde, essa situação se traduz em mensalidades maiores e insegurança clínica. É um sistema que se alimenta do aumento das receitas pagas pelos beneficiários, e não da racionalidade no uso dos recursos.

Se não mudarmos esse modelo de remuneração, as distorções podem até ser minimizadas, mas serão substituídas por outras mais elaboradas. Vão continuar alinhadas a incentivos econômicos que atendem aos interesses de alguns atores da cadeia produtiva, mas não aos daqueles de quem se pretende cuidar. Tanto para hospitais como para operadoras, a mudança de modelo é também desejável.

O que sistemas de saúde mais desenvolvidos praticam é a chamada remuneração por pacotes e diárias globais, em que são negociados valores fixos atrelados à condição clínica do paciente e a protocolos balizadores de tratamento.

Alguns mais avançados já envolvem um percentual de remuneração condicionado ao sucesso efetivo alcançado para o paciente. O nome do jogo passa a ser o da eficiência: ganha mais quem tem melhor desempenho, e não quem gasta mais.

No Brasil, essa mudança no modelo de remuneração ainda encontra resistências. Vem sendo desvirtuada pela discussão a respeito de o governo estender ou não a regulamentação na saúde suplementar para os prestadores de serviço, como hospitais, uma vez que a ANS (Agência Nacional de Saúde Suplementar) só regula as operadoras de saúde.

A própria ANS já tentou patrocinar essa mudança e, por mais de dois anos, manteve um grupo de trabalho para a discussão do tema com representantes de hospitais e operadoras. Esse esforço, infelizmente, não atingiu objetivos práticos.

Interesses à parte, é difícil acreditar que o mercado, por si só, será capaz de promover essa mudança. Urge que o Ministério da Saúde, em conjunto com as agências reguladoras e demais órgãos envolvidos, conduza esse processo vital para maior eficiência e sustentabilidade do setor. Essa é uma ação imprescindível e estruturante que irá melhorar a saúde (e o bolso) de mais de 50 milhões de brasileiros.

 Fonte http://www1.folha.uol.com.br/paywall/login.shtml?http://www1.folha.uol.com.br/fsp/opiniao/212410-a-doenca-da-saude-suplementar.shtml

quarta-feira, 11 de março de 2015

GESTÃO E PLANEJAMENTO EM SAÚDE


GESTÃO E PLANEJAMENTO EM SAÚDE

OBJETIVO • Proporciona ao aluno conhecimento teórico e prático dos principais conceitos de gestão, estrutura organizacional, liderança e o processo de planejamento estratégico empresarial, apresentando técnicas e demonstrando a utilização das ferramentas de planejamento e gestão estratégica.

PÚBLICO-ALVO • Profissionais da área de saúde.

Carga Horária: 32 horas
Valor: R$2.400,00
Data: 27,28,29 e 30/05/2015
Horario: 8:30 as 17:30 

Informações 


Sandra G. Ferreira - (21) 3299-8202 - eventos@cbacred.org.br
Ronald Rezende Pereira da Silva - (21) 3299-8242 – secretaria.eventos@cbacred.org.br


www.cbacred.org.br 

O PROGRAMA “5S”


O PROGRAMA “5S”

OBJETIVO • Sensibilizar e capacitar os participantes para a identificação dos aspectos fundamentais componentes da filosofia do Programa dos “5S” e sua interação com os fundamentos da excelência no desempenho, de modo a ter esse programa como um grande facilitador para a implementação do processo de preparo, visando à acreditação, bem como das melhorias dos processos e, por consequência, dos resultados institucionais.

PÚBLICO-ALVO • Profissionais da saúde envolvidos na realização dos diversos processos da instituição, que desejam conhecer essa poderosa ferramenta que vai possibilitar uma melhoria substancial das condições de trabalho.

Carga Horária: 16 horas
Valor: R$1.200,00
Data: 22 e 23/05/2015

Informações

Aurea Cristina C. Samico - (21) 3299-8243 – secretaria.ensino@cbacred.org.br
Sandra G. Ferreira - (21) 3299-8202 - eventos@cbacred.org.br
Ronald Rezende Pereira da Silva - (21) 3299-8242 – secretaria.eventos@cbacred.org.br

FMEA: ANÁLISE DOS MODOS DE FALHA E EFEITOS


OBJETIVO • O principal objetivo do FMEA é identificar, delimitar, e descrever as possíveis não conformidades (modos de falha) de um processo, seus efeitos e causas, além de criar condições organizacionais para minimizá-las ou eliminá-las, através de ações de prevenção estruturadas e realizadas em prazo e por profissional devidamente indicado. 

PÚBLICO-ALVO • Líderes e gestores cujo papel relaciona-se com questões estratégicas da instituição de saúde, assim como resultados através da gestão de pessoas e processos.

Carga Horária: 16 horas
Valor: R$1.200,00
Data: 15 e 16/05/2015
Horario: 8:30 as 17:30 

Informações:

Sandra G. Ferreira - (21) 3299-8202 - eventos@cbacred.org.br
Ronald Rezende Pereira da Silva - (21) 3299-8242 – secretaria.eventos@cbacred.org.br

UMA VISÃO DOS DIVERSOS PROGRAMAS PARA A EXCELÊNCIA















UMA VISÃO DOS DIVERSOS PROGRAMAS PARA A EXCELÊNCIA


OBJETIVO • Apresentar e discutir os principais aspectos envolvidos nos diversos caminhos disponíveis para a excelência, suas principais características, fundamentos e métodos de adoção.

PÚBLICO-ALVO • Gestores e pessoal técnico/administrativo que se interessem pelo assunto, ou que estejam – ou possam vir a estar – envolvidos na adoção, pela instituição, de uma estratégia mais adequada que a conduza à excelência.

Carga Horária: 16 horas
Valor: R$1.200,00
Data: 04 e 05/05/2015
Horario: 8:30 as 17:30 

Informações:

Sandra G. Ferreira - (21) 3299-8202 - eventos@cbacred.org.br
Ronald Rezende Pereira da Silva - (21) 3299-8242 – secretaria.eventos@cbacred.org.br
www.cbacred.org.br 

sexta-feira, 30 de janeiro de 2015

SEGURANÇA DO PACIENTE

Revista Acreditação em Saúde 2.o  Sem. 2014

Edição Especial: SEGURANÇA DO PACIENTE 
Nas páginas desta publicação, numerosos exemplos de parceiros que, como o CBA, partilham ideias e ações de qualidade e segurança, uma mostra do que temos como valores: a ética, a idoneidade, o profissionalismo, a sustentabilidade, o respeito e a valorização do ser humano, e a responsabilidade social.


Anvisa cria grupo para investigar eventos adversos

Anvisa cria grupo para investigar eventos adversos


Entre outras atribuições do grupo está assessorar e acompanhar a implementação do plano nas diferentes instâncias do Sistema Nacional de Vigilância Sanitária

Anvisa cria grupo para investigar eventos adversos
Portaria da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), publicada nesta terça-feira (27) no Diário Oficial da União, institui um grupo de trabalho para monitorar e investigar eventos adversos em saúde pública.

De acordo com o texto, compete ao grupo: auxiliar na elaboração do Plano Integrado de Monitoramento e Investigação de Eventos Adversos em Serviços de Saúde para o Sistema Nacional de Vigilância Sanitária; assessorar e acompanhar a implementação do plano nas diferentes instâncias do Sistema Nacional de Vigilância Sanitária; e auxiliar no monitoramento e na investigação de eventos adversos associados à assistência à saúde, entre outros.

A coordenação do grupo será exercida pela gerência de Vigilância e Monitoramento em Serviços de Saúde da Anvisa. A participação será considerada atividade de relevância pública e não será remunerada. A portaria prevê ainda que a conclusão dos trabalhos deve ocorrer no prazo de 36 meses.
Fonte:http://saudebusiness365.com.br/noticias/detalhe/45242/anvisa-cria-grupo-para-investigar-eventos-adversos-

PUC-Rio e CBA firmam parceria para melhoria da saúde no Brasil

PUC-Rio e CBA firmam parceria para melhoria da saúde no Brasil

Melhorar a qualidade do cuidado em saúde e a segurança do paciente, a partir da gestão eficiente. Esse é o objetivo da parceria que acaba de ser firmada entre a Pontifícia Universidade Católica (PUC-Rio) e o Consórcio Brasileiro de Acreditação (CBA), representante no Brasil da mais importante agência da qualidade em saúde do mundo, a Joint Commission International (JCI), responsável pela acreditação de quase 730 instituições de saúde em mais de 100 países.

O convênio entre as duas renomadas instituições é no sentido de oferecer curso de especialização para profissionais que atuam na área de saúde (médicos, enfermeiros, farmacêuticos, nutricionistas, odontólogos, administradores hospitalares, arquitetos, economistas, engenheiros e profissionais de hotelaria entre outros), baseado na metodologia internacional de acreditação da JCI. “O CBA já tem a expertise de trabalhar com os mais importantes hospitais do país na área de acreditação. Esse curso irá capacitar profissionais para atuar na gestão e na promoção da qualidade e segurança do cuidado da
saúde das pessoas”, salienta José Carvalho de Noronha, assessor de Relações Internacionais do CBA e coordenador do curso Qualidade em Saúde: Gestão e Acreditação.

http://cbacred.org.br/noticias/2015/01/06.asp

segunda-feira, 26 de janeiro de 2015

Especialização Qualidade em Saúde: Gestão e Acreditação



Parceria CBA/PUC-Rio
 
Especialização Qualidade em Saúde: Gestão e Acreditação
464 horas/aulas
Parceria CBA/PUC-Rio
Inscrições:  18 de janeiro a 28 de fevereiro

Data: 26 de março

Veja a programacao:
http://cbacred.org.br/agenda/2015/0326.asp

terça-feira, 13 de janeiro de 2015

Lean para Hospitais

Cursos Pré-Congresso Internacional de Acreditação
Lean para Hospitais
Data: 20 de Setembro
Local: Windsor Barra Hotel - Av. Lucio Costa, 2630 - Barra da Tijuca - Rio de Janeiro - Brasil

Clique aqui http://cbacred.org.br/agenda/2015/0920-2.asp