quarta-feira, 26 de abril de 2017

Colégio Brasileiro de Cirurgiões e Consórcio Brasileiro de Acreditação lançam certificação para centros cirúrgicos


Colégio Brasileiro de Cirurgiões e Consórcio Brasileiro de Acreditação lançam certificação para centros cirúrgicos


Motivados por um cenário onde é alta a taxa de eventos cirúrgicos - conforme dados da Organização Mundial de Saúde (OMS) -, o Colégio Brasileiro de Cirurgiões (CBC) e o Consórcio Brasileiro de Acreditação (CBA) desenvolveram um modelo de certificação com o objetivo de assegurar a eficiência nos procedimentos cirúrgicos dos hospitais brasileiros e dar mais assertividade aos procedimentos. O produto está sendo lançado durante o XXXII Congresso Brasileiro de Cirurgia, que acontece de 28 de abril a 1º de maio, em São Paulo.
A necessidade da certificação está baseada na Organização Mundial de Saúde (OMS) que estima que, nos países industrializados, a taxa de complicações das internações cirúrgicas chegue a até 22%, e a de mortalidade, seja em torno de 0,4 e 0,8%. A OMS aponta ainda que quase metade desses eventos adversos era evitável. De acordo com o órgão, nos países em desenvolvimento, a taxa de mortalidade, associada a uma grande cirurgia, gira entre 5 a 10%. A organização revela também que, pelo menos, metade dos eventos ocorre durante procedimentos cirúrgicos, chegando-se a quase sete milhões de pacientes vitimados por complicações significativas a cada ano. Desses, cerca de milhão morre durante ou imediatamente após a cirurgia.
De acordo com o coordenador de acreditação do CBA – parceiro brasileiro associado à Joint Commission International (JCI), maior agência internacional verificadora da qualidade e segurança em saúde do mundo –, José de Lima Valverde Filho, a Certificação em Segurança e Qualidade em Cirurgia Segura e Procedimentos Invasivos tem como principais objetivos enfatizar a importância da cultura da segurança e do comportamento seguro nos procedimentos cirúrgicos e invasivos, garantindo o cumprimento de processos seguros em todas as etapas que envolvem o escopo de uma cirurgia ou procedimentos invasivos, ou seja, nas etapas pré-cirúrgicas e invasivas e, posteriormente, a esses atos médicos.
O manual tem como base a cartilha sobre os princípios de Cirurgia Segura, lançada há oito anos pela OMS. “No entanto, as avaliações para essa nova certificação abrangem etapas que vão muito além do ato cirúrgico, já descritos nos dez objetivos da cirurgia segura traçados pela OMS. Essa certificação engloba temas como gestão dos serviços de cirurgia e estabelecimento dos privilégios de cada profissional”, exemplifica. 
De acordo com Valverde, cirurgia segura tem a ver com protocolos e condutas corretas, profilaxia, uso de antibióticos, alta hospitalar, e com parâmetros avaliados e seguidos na recuperação anestésica. “Como todas essas recomendações vão muito além do ato cirúrgico, elaboramos um manual que se preocupa com essas questões. Um exemplo é o estabelecimento de uma lista ou catálogo de abreviaturas, acrônimos, siglas que possam ser usados e aqueles que não podem ser usados no prontuário ou em outros documentos ligados aos cuidados dos pacientes cirúrgicos e de procedimentos invasivos”, explica.  
Segundo ele, é preciso ainda avaliar outros aspectos que interferem na segurança da cirurgia como, se o hospital está preparado para fazer o procedimento, se tem recursos tecnológicos suficientes para a realização da cirurgia e de apoio, em caso de complicações cirúrgicas. Outra questão a ser analisada é com relação à qualificação dos profissionais que vão fazer o procedimento e a qualidade do cuidado recebido pelo paciente durante sua estada no hospital. “Esses padrões são uns dos diferenciais dessa certificação”, complementa Valverde. 

CBC e CBA, unidos pela cirurgia segura

Responsável pelo desenvolvimento desse novo produto junto ao CBA, o ex-presidente (2014-2015) e atual membro do Conselho Superior do Colégio Brasileiro de Cirurgiões, Heládio Feitosa de Castro Filho, assegura que a certificação significa uma garantia de que a instituição está, realmente, cumprindo as determinações relativas à cirurgia segura da OMS e indo além do que preconiza o organismo internacional, já que o manual elaborado pelo CBC-CBA é mais abrangente. “A OMS já tinha definido alguns critérios mínimos. Então, não se trata simplesmente de repeti-los, estamos indo além e introduzindo outros elementos, estabelecidos na forma de padrões divididos em três grupos, para que haja maior profundidade nessa avaliação e, consequentemente, maior segurança nesta certificação”, considera.
De acordo com Professor Feitosa, uma instituição poderá se submeter à avaliação de um determinado serviço de cirurgia ou determinado procedimento invasivo até a avaliação todo o departamento de cirurgia de um hospital, incluindo todos os serviços cirúrgicos.
Conforme Maria Manuela Alves dos Santos, superintendente do Consórcio Brasileiro de Acreditação, “o que percebemos durante o processo de acreditação é que o centro cirúrgico é uma área de muito risco. Por isso, ter uma certificação específica torna esse processo mais seguro para o paciente”, explica. 
Para receber a certificação, a instituição de saúde deverá solicitar ao CBA uma avaliação de suas práticas, a fim de averiguar se as mesmas estão condizentes com a cirurgia segura. É o próprio CBA que vai aferir se os padrões e critérios analisados atendem as exigências determinadas. “Se a organização cumpre todos esses requisitos, então o CBC, junto com o CBA, emite essa certificação, que garante condição de ambiente de cirurgia segura naquele hospital”, afirma o conselheiro do CBC. Caso os padrões não sejam cumpridos nessa primeira avaliação, o hospital tem um prazo para entrar em conformidade com os critérios exigidos. 
“Qualquer departamento ou serviço que realize cirurgias ou procedimentos invasivos pode solicitar ao CBA sua participação no processo de certificação. Para isso, é preciso estar inserido em uma instituição de saúde que precisa estar em boas condições de funcionamento e totalmente legalizada para trabalhar e obediente a todas as regras, leis e regulamentos exigidos pelas autoridades federais, estaduais e locais”, afirma Valverde.
Para saber mais sobre o produto Certificação da Segurança e Qualidade em Cirurgia e Procedimentos Invasivos acesse o site  http://www.cbacred.org.br/certificacao/seguranca-qualidade.asp.


segunda-feira, 17 de abril de 2017

Especialização Qualidade em Saúde: Gestão e Acreditação


Especialização Qualidade em Saúde: Gestão e Acreditação

Objetivos: 
Capacitar gestores e profissionais de instituições de saúde, públicas e privadas, para o planejamento, organização, desenvolvimento e avaliação dos processos assistências e gerenciais;
Contribuir para a formação de quadros gerenciais das instituições públicas e privadas de saúde, de modo a aumentar a capacidade gerencial e a competitividade das suas instituições, através da racionalização dos métodos e práticas de gestão;
Promover a melhoria da qualidade do cuidado aos pacientes nos hospitais e demais serviços de saúde, por intermédio da implementação de um processo de acreditação;
Apresentar conceitos, princípios e ferramentas da Qualidade, visando sua utilização no aprimoramento das ações assistenciais e gerenciais desenvolvidas nos serviços de saúde;
Levar a perceber a acreditação como ferramenta capaz de introduzir, avaliar e manter a melhoria da qualidade na prestação da assistência à saúde.

Público-Alvo: 
Profissionais de nível superior que trabalhem na área de assistência à saúde

Pré-requisito: 
Diploma do Ensino Superior nas áreas definidas no quadro referente ao público-alvo.

Matricula: 
05/05/2017 a 08/05/2017

Valor da inscrição: 
R$ 100,00 (até 30/04/2017)

Valor do investimento: 
R$ 27.000,00 ou 15 parcelas de R$ 1.800,00

Documentos Necessários:
  • Curriculum Vitae
  • Diploma de Graduação de nível superior
  • Histórico Escolar Oficial da Graduação de nível superior Completo

Entrevista dos inscritos: 
As entrevistas ocorrerão no período de 02 a 04 de maio de 2017. Serão previamente agendadas por telefone, pelo CBA.

Inicio das aulas: 
08 de junho de 2017

Periodicidade: 
Mensal (quinta, sexta e sábado)

Horário: 
Das 08h30min às 17h30min

Inscrição CLIQUE AQUI 

Informações complementares: 
Coordenação de Ensino - CBA

Tel.: +55 (21) 3299-8200 /(21) 3299-8243

O “Abril pela Segurança do Paciente” e os desafios para os próximos tempos

O “Abril pela Segurança do Paciente” e os desafios para os próximos tempos
Por Andréa Donato Drumond *
O desafio para alcançarmos uma assistência de qualidade, adequada, eficiente, oportuna, otimizada e efetiva é algo de grande proporção e que implica em grandes mobilizações, em todo o sistema. Considerando que a segurança do paciente significa a dimensão ou atributo da qualidade que nos impele a grandes esforços para que o cuidado possa produzir seus efeitos desejados e não causar dano, o desafio de torná-la real no contexto do nosso sistema e serviços de saúde torna-se incessante, diário. Uma missão!
Até aqui avanços foram alcançados e, ainda que as respostas para enfrentamento à falta de segurança do nosso sistema e serviços de saúde não se desenvolvam na velocidade esperada e necessária, as iniciativas governamentais com a publicação do Programa Nacional de segurança do Paciente em abril 2013 e na RDC nº36, da ANVISA, que instituiu o Núcleo de Segurança do paciente e o sistema de notificação de eventos adversos, além da sistematização dos Protocolos Básicos de Segurança do Paciente, nos sinalizaram o caminho, sem volta, que deve ser percorrido.

CBA oferece Curso com foco em qualidade em saúde

CBA oferece Curso com foco em qualidade em saúde
Dias 27, 28 e 29 de abril, o Consórcio Brasileiro de Acreditação (CBA) reunirá em sua sede, no Centro do Rio de Janeiro, profissionais para pensar e discutir a qualidade na área de saúde. O tema será abordado no curso Qualidade e Acreditação em Saúde, ministrado pelo enfermeiro e docente do CBA, Heleno Costa Junior. Ele, que é mestre em Avaliação pela Fundação Cesgranrio e especialista em Programas de Acreditação Internacional, será o facilitador do curso.
Heleno tem vasta experiência na área, tendo já sido membro do Comitê Internacional de Padrões da Joint Commission International (JCI) e do Comitê de Acreditação da International Society for Quality in Healthcare (ISQua). Atualmente, exerce a função de Gestor o Instituto de Conhecimento, Ensino e Pesquisa do Hospital Samaritano de são Paulo e é membro da Academia Brasileira de Administração Hospitalar.
Na entrevista abaixo, Heleno adianta um pouco sobre o que será tratado nesse curso e como a acreditação pode contribuir para a atuação dos profissionais em seus postos de trabalho. Acompanhe!
O que será abordado no curso Qualidade e Acreditação em Saúde?
O curso irá abordar a origem, o histórico, o desenvolvimento e a atualidade dos processos, procedimentos e ferramentas da Gestão da Qualidade e dos Programas de Acreditação em Saúde existentes e utilizados no Brasil e no mundo.
O que considera de mais relevante no conteúdo abordado e o que gostaria de destacar?
O que considero como relevante é o fato de que a Gestão da Qualidade e a implantação de programas de Acreditação não são mais processos facultativos colocados à disposição dos gestores em saúde, mas sim uma necessidade mandatória, em função das atuais demandas e exigências colocadas pelos órgãos reguladores, pelos pagadores de serviços, pelas instituições de saúde e, fundamentalmente, pelos próprios usuários/clientes/pacientes que buscam serviços de saúde.
Qual é o diferencial do curso?
O diferencial do curso é o fato de que ele oferece uma abordagem baseada em experiências e práticas vivenciadas por seus instrutores e não em referenciais apenas teóricos. Os formuladores do curso, como coordenadores e os seus instrutores, por fazerem parte do CBA, que atua há 19 anos como parceiro da JCI, têm histórico na origem e no pleno desenvolvimento dos processos e programas de Gestão da Qualidade e da Acreditação no Brasil e no mundo, proporcionando aos alunos um potencial conteúdo de ações e procedimentos práticos que serão colocados como temas fundamentais na realização do curso.
Qual a importância do curso para os profissionais que desejam iniciar da área da acreditação?
O curso irá proporcionar aos profissionais, um seleto referencial de experiência em Programas de Acreditação, configurado desde a criação da primeira agência acreditadora no mundo, a The Joint Commission (TJC) nos Estados Unidos, criada em 1951, da qual a JCI, parceira do CBA, é hoje uma subsidiária e tem o maior número de clientes acreditados em mais de 60 países no mundo. Soma-se a isso, o fato de o CBA ser pioneiro no Brasil na implantação, em 1998, de métodos e padrões de acreditação fundamentados nessa experiência de mais de 66 anos da TJC e da própria parceria com JCI, que vem desde a criação do CBA.

No mês de aniversário, Hospital Santa Catarina celebra conquista da acreditação JCI


No mês de aniversário, Hospital Santa Catarina celebra conquista da acreditação JCI
Fevereiro é um mês marcante para o Hospital Santa Catarina (SP). Além de completar 111 anos de fundação, a instituição celebra outra conquista: a acreditação da Joint Commission International (JCI). “O processo de preparação para a acreditação realizado pelo Consórcio Brasileiro de Acreditação nos fortaleceu e nos direcionou para a aplicação de novas práticas de qualidade e segurança”, compreende Cristiane Oliveira Azzalin Navas, gerente de Qualidade e Segurança do Hospital Santa Catarina.
Os benefícios trazidos para o hospital são inúmeros, segundo ela, que destaca a implantação do processo de validação da prescrição médica pelos farmacêuticos e o trabalho de capacitação de profissionais em suporte avançado e básico de vida como bons exemplos de melhoria e investimento em qualidade e segurança.
Lei na Integra Clique aqui 

Oncocentro-BH, a caminho da acreditação JCI

Oncocentro-BH, a caminho da acreditação JCI
Com sede em Belo Horizonte, a Oncocentro - empresa voltada para a prestação de serviços nas áreas de Oncologia Clínica, Onco-Hematologia e Oncopediatria -, pode ser o primeiro serviço especializado de Minas Gerais a receber o selo de acreditação da Joint Commission International (JCI). Para isso, conta com a orientação e os serviços de educação para a melhoria da qualidade e segurança assistencial, oferecido pelo Consórcio Brasileiro de Acreditação (CBA), parceiro brasileiro da JCI.
Para saber mais sobre esse processo, entrevistamos o Diretor Técnico da Oncocentro - Belo Horizonte, Luis Eugênio de Andrade Filho. Acompanhe!
Leia a entrevista na integra - clique aqui 

domingo, 5 de março de 2017

ESPECIALIZAÇÃO QUALIDADE EM SAÚDE: GESTÃO E ACREDITAÇÃO

Especialização Qualidade em Saúde: Gestão e Acreditação

Objetivos: 
Capacitar gestores e profissionais de instituições de saúde, públicas e privadas, para o planejamento, organização, desenvolvimento e avaliação dos processos assistências e gerenciais;
Contribuir para a formação de quadros gerenciais das instituições públicas e privadas de saúde, de modo a aumentar a capacidade gerencial e a competitividade das suas instituições, através da racionalização dos métodos e práticas de gestão;
Promover a melhoria da qualidade do cuidado aos pacientes nos hospitais e demais serviços de saúde, por intermédio da implementação de um processo de acreditação;
Apresentar conceitos, princípios e ferramentas da Qualidade, visando sua utilização no aprimoramento das ações assistenciais e gerenciais desenvolvidas nos serviços de saúde;
Levar a perceber a acreditação como ferramenta capaz de introduzir, avaliar e manter a melhoria da qualidade na prestação da assistência à saúde.

Público-Alvo: 
Profissionais de nível superior que trabalhem na área de assistência à saúde

Pré-requisito: 
Diploma do Ensino Superior nas áreas definidas no quadro referente ao público-alvo.

Matricula: 
05/05/2017 a 08/05/2017

Valor da inscrição: 
R$ 100,00 (até 30/04/2017)

Valor do investimento: 
R$ 27.000,00 ou 15 parcelas de R$ 1.800,00

Documentos Necessários:
  • Curriculum Vitae
  • Diploma de Graduação de nível superior
  • Histórico Escolar Oficial da Graduação de nível superior Completo

Entrevista dos inscritos: 
As entrevistas ocorrerão no período de 02 a 04 de maio de 2017. Serão previamente agendadas por telefone, pelo CBA.
Inicio das aulas: 
08 de junho de 2017
Periodicidade: 
Mensal (quinta, sexta e sábado)
Horário: 
Das 08h30min às 17h30min

Inscrição CLIQUE AQUI 

Informações complementares: 
Coordenação de Ensino - CBA
Tel.: +55 (21) 3299-8200 /(21) 3299-8243

Acreditação contribui para a melhora dos processos de gestão e da qualidade de hospital em Recife

Acreditação contribui para a melhora dos processos de gestão e da qualidade de hospital em Recife
Realizar um atendimento com base na humanização e cumprir com rigor os processos de qualidade são as principais premissas que vêm norteando as diretrizes do Real Hospital Português, em Pernambuco. A instituição recebeu, em novembro de 2016, o selo de acreditação da Joint Commission International (JCI), marcando uma nova etapa no processo de qualidade na assistência ao paciente.
“O reflexo disso é a continuidade do cuidado, um olhar diferenciado e mais detalhado para esse paciente”, aponta Georgia Sabino Pinho, Gestora da Qualidade do hospital. Um dos pontos mais impactantes da metodologia para a melhoria da qualidade e do aprimoramento na segurança do paciente diz respeito à comunicação entre as áreas, já que “reforça a segurança dos processos de todas as cadeias e o resultado é a diminuição do erro e mais foco da melhoria contínua através da educação permanente”, completa.
leia maishttp://www.cbacred.org.br/noticias/2017/03/01.asp

Gestão de custos impacta na sustentabilidade das instituições de saúde

Gestão de custos impacta na sustentabilidade das instituições de saúde
As novas exigências do mercado das instituições de saúde tornam o termo gestão uma necessidade em todos os níveis de uma organização. A gestão de custos passa a ser ferramenta estratégica para desenvolver um controle de gastos a fim de que as variações de custos médicos-hospitalares não comprometam a saúde financeira e a sustentabilidade do negócio. Diante de um cenário de alta nos gastos com tecnologia e perda de beneficiários, essas organizações devem buscar um método viável para superar as mudanças impostas pelo cenário atual. Nesta entrevista, o economista Franklin Lindolf Bloedorn, avaliador da Joint Commission International (JCI) e professor da disciplina Gestão de Custos nas Instituições de Saúde do curso de pós-graduação Qualidade em Saúde: Gestão e Acreditação, do Consórcio Brasileiro de Acreditação (CBA) fala sobre as habilidades que os gestores das unidades de saúde devem ter para evitar o impacto desse cenário e equilibrar as contas.
CBA – O índice de variação de custos médico-hospitalares, segundo o Instituto de Estudos de Saúde Complementar, registrou alta de 19,3% nos últimos 12 meses, encerrados em dezembro de 2015. Esse indicador vem crescendo desde 2011 acima de dois dígitos e esse resultado remete a um cenário preocupante do ponto de vista da sustentabilidade das instituições de saúde. O que as instituições devem fazer?
Franklin Lindolf Bloedorn - O conceito de pagamento por procedimentos tem contribuído em muito para este aumento elevado das atividades de saúde. A necessidade urgente da mudança do modelo de remuneração dos partícipes deste mercado é imperativo. Comprometer os prestadores de serviços de saúde desde o início do cuidado até a finalização do mesmo certamente auxiliará sobremaneira no controle destes gastos que têm subido acima da inflação geral. Tais premissas deverão envolver ainda o profissional médico que, no modelo atual, não tem visão de todo o tratamento proposto a este paciente.
CBA – A saúde suplementar também sofreu forte impacto. No ano passado, o segmento teve uma expressiva perda de beneficiários: foram 1,3 milhões de segurados a menos, sendo 187 mil oriundos de planos coletivos empresariais. Esse cenário se manteve no primeiro trimestre de 2016, de acordo com a Fenasaúde e essa perda acaba impactando as instituições de saúde que mantém convênio com as operadoras de saúde. Quais atitudes que o gestor de uma unidade de saúde deve ter para evitar o impacto e equilibrar as contas?
Franklin Lindolf Bloedorn - Diria que as instituições de saúde terão de reinventar-se. Não poderão mais ter postura passiva. Terão de ser pró-ativos. Buscar interagir com suas comunidades, entendendo o porquê de determinadas enfermidades acometerem certas populações, e desenvolver programas preventivos também. Desta forma, o recurso alocado pelas empresas trará mais benefícios no médio e longo prazo, e as instituições de saúde passarão a ter mais foco naquilo que de fato deverá ser a sua atuação, que é o atendimento a pacientes que realmente venham a necessitar de uma internação hospitalar, ou procedimento ambulatorial, se for o caso.
CBA - Dizem que saúde não tem preço, mas há custos para geri-la. Como conjugar saúde e gestão? Como o gestor deve lidar com o impacto das novas tecnologias e o reajuste de custos de exames, como, por exemplo, o da tomografia computadorizada que subiu 40%, entre 2012 e 2015, ou ainda com o valor médio de itens hospitalares, que passou de R$91,92 em 2007 para R$401 em 2015 - um aumento de cerca de 330%, que representa cinco vezes mais o IPCA desse mesmo período?
Franklin Lindolf Bloedorn - A compreensão de conceitos produtivos será muito útil aos gestores, sejam estes assistenciais ou não. Conceitos de volume, economia de escala, redução de desperdícios, lotes econômicos de atendimento, capacidade instalada versus demanda e inúmeros outros conceitos de gestão que ainda não chegaram em muitas instituições de saúde. Decidir o que fazemos bem e porque, e identificar o que não fazemos tão bem auxilia em muito a equalização das contas ao final de um período, seja este mensal ou anual.
CBA – Há métodos e sistemas mais indicados para instituições de saúde gerirem seus custos?
Franklin Lindolf Bloedorn - No contexto atual das instituições de saúde brasileiras, qualquer modelo de custeio que venham a adotar será salutar. Começar com Custeio Direto e por Absorção, por exemplo, por ser de mais fácil compreensão e implementação, certamente trará resultados mais rapidamente para aquela organização que não estiver utilizando nenhum modelo ainda.
CBA - É possível gerir custos e não perder a qualidade?
Franklin Lindolf Bloedorn - Gerir custos é justamente o que permitirá viabilizar processos mais seguros e, consequentemente, aprimorar a qualidade e a segurança da assistência prestada ao paciente. Os requisitos básicos para iniciar avaliação de custos serão muito úteis para entender processos e aprimorá-los, o que permitirá melhora da qualidade.
CBA – A gestão, hoje, é uma preocupação apenas da alta direção ou é uma tarefa também de líderes?
Franklin Lindolf Bloedorn - As novas exigências do mercado das instituições de saúde tornam o termo gestão uma necessidade a ser utilizada por todos os níveis da organização, e não somente pela alta direção. Conhecer as atividades que o meu setor desempenha avaliando se geram ou destroem valores passa a ser atribuição de cada líder, independente de sua posição no organograma. A gestão de custos passa a ser ferramenta estratégica para responder a estas e a muitas outras perguntas.
CBA - Como o curso “Gestão de Custos nas Instituições de Saúde” pode contribuir para carreira dos profissionais de saúde, gestores e lideranças intermediárias, públicos-alvo do curso oferecido pelo CBA?
Franklin Lindolf Bloedorn - Desmistificar o tema já é um grande passo nesta direção. Permitir que profissionais da saúde, com formação técnica assistencial, compreendam o assunto, sem tornarem-se especialistas em custos, compreendam como a sua atividade profissional diária e as decisões assistenciais tomadas, agregam valor ou custo aos processos da organização, ou que ainda entendam de forma prática o dia a dia de sua atividade e não uma ciência complexa que para muitos parece não fazer sentido quando atua-se na assistência de pacientes é o objetivo. A ideia é que esses profissionais tornem-se apto a participar com os gestores administrativos dos processos de redução de custos assistenciais, sem comprometer a segurança na assistência prestada ao paciente.

Gerenciamento e uso de medicamentos, uma cultura que ainda precisamos aprender e empreender


Gerenciamento e uso de medicamentos, uma cultura que ainda precisamos aprender e empreender
* Por Adelia Quadros
Estudos internacionais têm demonstrado que grande parte dos eventos adversos está relacionada a medicamentos. Esse resultado também é uma realidade no Brasil, conforme apontou a pesquisa conduzida por Walter Mendes, doutor em saúde pública pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), em 2009, que mostrou que os danos aos pacientes relacionados a medicamentos foram quase 5% do total dos 7,6% de incidência estimada de eventos adversos em hospitais. Entre os incidentes mais frequentes estão a administração de dose errada, a omissão ou atraso de dose e o erro na distribuição de medicamentos, especialmente analgésicos, antipiréticos, hipoglicemiantes, anti-inflamatórios e anticoagulantes.
Nesse cenário, é imprescindível que as atividades do farmacêutico hospitalar sejam mais valorizadas, já que são de fundamental importância para a segurança do paciente. Entretanto, em algumas instituições, o local disponível para a farmácia hospitalar é desproporcional ao número de leitos e volume de produtos armazenados, afora o número de farmacêuticos estar aquém da real necessidade e do que é preconizado pela legislação.
leia mais em 
http://www.cbacred.org.br/noticias/2017/03/03.asp

Mercado exige profissional de enfermagem com experiência em qualidade e segurança

Mercado exige profissional de enfermagem com experiência em qualidade e segurança
Quem está conectado com a movimentação do mercado de trabalho pode perceber que muitas das vagas oferecidas atualmente solicitam como pré-requisito o conhecimento e a experiência em acreditação. Essa nova exigência demonstra que um profissional detentor deste tipo de conhecimento pode se destacar dentre os demais, aumentando suas chances nos processos seletivos mais concorridos.
“A acreditação estimula os profissionais a pensar diferente, a adotar outro modelo mental, mais integrado, mais processual e menos executor de tarefas”, afirma Nancy Yamauchi, coordenadora de Educação do Consórcio Brasileiro de Acreditação (CBA), associado brasileiro da Joint Commission International, a JCI, maior agência acreditadora da qualidade e segurança em saúde do mundo. Para ela, uma especialização em acreditação ajuda, por exemplo, a aumentar a consciência para o fato de que os seres humanos são passíveis de falhas. “Obviamente, não desejamos cometer erros ou falhas, mas isso pode acontecer com qualquer profissional de saúde, principalmente aquele que não tem conhecimento ou consciência sobre riscos. E este fato independe de seu grau de instrução ou do cargo que exerce”, ressalta.
“Os profissionais que têm experiência e conhecimento sobre qualidade e segurança são atualmente os mais valorizados pelas empresas e mercado em geral. Então qual dirigente não gostaria de ter em sua instituição um profissional que consegue agir preventivamente, ou seja, consegue atuar para que erros graves não aconteçam?”, argumenta, complementando que, aliado às competências de liderança, este profissional torna-se extremamente valioso, porque, “além de saber como evitar erros, ele ainda consegue influenciar os demais através de seu estilo de liderança, usando uma abordagem educadora”.
Pensando em oferecer mais uma forma de preparo a esses especialistas que atuam nesta área da saúde cada vez mais exigente e valorizada, o CBA, em parceria com o Coren/Educação-SP e Expansão Eventos, organizou um encontro visando esclarecer os novos rumos desses profissionais. “Na primeira parte do encontro científico, abordaremos alguns conceitos e reflexões imprescindíveis para a compreensão do contexto geral dos programas de qualidade nas instituições de saúde e porque a experiência em acreditação tem sido tão valorizada no mercado de trabalho”, comenta Soraya Blumer, educadora do CBA e palestrante do evento.
A segunda parte será dedicada a mostrar que, por trás de todo o papel conceitual, existe um elemento essencial para o sucesso de qualquer projeto de qualidade e segurança. “Nosso objetivo é expor que a cultura da qualidade vai além da metodologia da acreditação e depende de como as pessoas pensam, agem, se relacionam e fazem a leitura dos valores da instituição. Ou seja, aspectos sociais, culturais, inter e intrapessoais, entre outros pontos importantes”, comenta Soraya.
O evento pretende ajudar os participantes aumentando sua bagagem de conhecimento, provocando-os a refletir para ampliar sua visão e evoluir como líderes e profissionais. “E, principalmente, ver que é possível e é mais simples do que imaginam, pois a acreditação é algo ainda cercado de muitos mitos e falsos conceitos que mais atrapalham do que ajudam nos esforços de construção de instituições mais seguras e de qualidade”, explica Nancy Yamauchi. “Podemos ser profissionais da qualidade, independente de nossa função primária na instituição e termos orgulho dos processos, sistemas, comportamentos e grau de segurança da instituição onde atuamos”, enfatiza Soraya Blumer.
Essa discussão será foco do evento Acreditação e Desafios da Qualidade que será realizado dia 31 de março, no COREN-SP. Informações e inscrições pelo http://www.expansaoeventos.com.br/cba/ficha-de-inscricao. Outras informações pelo tel. (11)5081-7718. O investimento é de R$ 190,00.
O evento será ministrado pelas enfermeiras Nancy Yamauchi e Soraya Blumer. Saiba quem são elas:
Nancy Yamauchi: Enfermeira graduada e pós-graduada em Terapia Intensiva pela Escola de Enfermagem da USP, licenciada plena pela Faculdade de Educação da USP, Mestra em Administração pela USCS (Universidade Municipal de São Caetano do Sul), Coordenadora de Educação do Consórcio Brasileiro de Acreditação (CBA), membro do Conselho de Acreditação da International Society for Quality (ISQua), docente dos cursos de pós graduação da Faculdade de Ciências da Saúde Albert Einstein.
Soraya Blumer: Enfermeira graduada e pós-graduada em Clínica Médico-Cirúrgica pela UNIFESP, Diretora da Treinare - Desenvolvimento de Pessoas, Coach profissional, formada pelo Instituto Brasileiro de Coaching, Palestrante e facilitadora em programas de capacitação de enfermeiros e consultores técnicos para a área de vendas e marketing, hospitalidade, imagem profissional e liderança. Educadora do Consórcio Brasileiro de Acreditação, docente dos cursos de pós-graduação da Faculdade de Ciências da Saúde Albert Einstein e COREN Educação - SP.