quinta-feira, 19 de agosto de 2010

Hospital Paulistano é acreditado internacionalmente pelo CBA/

Depois de 30 meses, Hospital Paulistano é acreditado internacionalmente pelo CBA/JCI
“Uma vitória!” Foram essas as palavras que o diretor médico do Hospital Paulistano, Márcio Arruda, usou para resumir a sensação de toda a equipe do hospital, que trabalhou durante 30 meses para conquistar o selo da Joint Commission International (JCI), representada no Brasil pelo Consórcio Brasileiro de Acreditação (CBA). “Hoje estamos no seleto grupo de hospitais que conseguiram ser acreditados pela maior acreditadora internacional. Do ponto de vista da operadora, a Amil é a única com dois hospitais e outros serviços de saúde acreditados. Isso só foi possível graças à colaboração de todos”, salienta.
Conseguir coordenar mais de mil pessoas a rever seus processos de trabalho e atuar seguindo padrões internacionais de qualidade foi um desafio para o diretor do Hospital Paulistano. “Tivemos que mudar nosso paradigma e nossa metodologia de trabalho”, assinala Arruda. Segundo ele, as pessoas são resistentes a mudanças, ainda que para melhor. “Foi preciso motivá-las a sair da zona de conforto e pensar numa alternativa diferente para um procedimento que ela já estava habituada a fazer, escrever sobre o novo procedimento e treinar as pessoas continuamente para essa mudança no processo”, revela. Para isso, a estratégia foi informar a toda equipe sobre os benefícios da acreditação. “Trouxemos algumas pessoas que já tinham passado pela mesma situação para falar de suas experiências e resultados. Algumas pessoas do nosso quadro de funcionários que tinham afinidade com a metodologia se apresentaram e a partir daí, constituímos grupos de trabalho para leitura do manual internacional de Acreditação. Começamos a produzir documentos em relação ao manual e a nossas rotinas. Partindo disso, procuramos mostrar para as demais pessoas que precisávamos que elas passassem a trabalhar dessa nova forma”, conta Arruda, que revela ainda que algumas pessoas se sensibilizaram com a metodologia, outras pediram para sair do hospital e outros foram desligadas porque não se adequaram a nova rotina.
Na opinião do diretor, o passo fundamental para a conquista da Acreditação Internacional está no fato de que todos entenderam que a nova maneira de trabalhar as tornaram pessoas diferenciadas, vistas pelo mercado como um profissional mais qualificado. “Nos últimos dois anos, entrevistei todos os enfermeiros que vieram trabalhar no hospital. E eu perguntava o que eles achavam de trabalhar num hospital em acreditação. E eles foram unânimes em responder que, embora fosse trabalhoso construir os processos, eles tinham mais segurança em tomar decisões. Qualquer dúvida, seja para diluir uma droga ou fazer algum tipo de procedimento, eles recorriam à documentação que dava mais embasamento e segurança para eles. Antes, eles demoravam a tomar uma decisão ou podiam até tomar uma decisão que não fosse a mais apropriada para a situação”, referencia Arruda, que reforça ser preciso manter a motivação da equipe, mesmo depois da conquista da Acreditação Internacional. “Daqui a três anos receberemos a visita do organismo acreditador e mesmo durante esse período passaremos pela avaliação externa do CBA, por isso temos que melhorar e criar novos indicadores da qualidade para mostrar que estamos numa curva ascendente de qualidade”, adianta.
Para conseguir manter elevado o interesse dos funcionários da casa e também de novos funcionários que certamente serão integrados ao grupo, o diretor médico do Hospital Paulistano acredita que é preciso manter e aumentar a capacidade de treinamento de pessoal. “Do ponto de vista estrutural, temos que continuar com o nosso escritório da qualidade, nosso instituto de ensino e pesquisa, incentivar a notificação de erros, manter o programa de funcionário do mês, montar estações de trabalho para que possam ser discutidas e propostas soluções para problemas, lançar mão de promoções... Ao longo de todo esse processo deixamos claro que o objetivo não era ser simplesmente acreditados. O objetivo era mudar. Não é possível voltar atrás”, reforça Márcio Arruda.

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