Pesquisa retrata perfil de 1,6 milhão de
profissionais de enfermagem
A Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) e o Conselho Federal de Enfermagem
(Cofen) lançarão, nesta quarta-feira (6/5), a pesquisa Perfil da Enfermagem no
Brasil. Trata-se do maior estudo da América Latina sobre a categoria
profissional. Além de inédita, a pesquisa abrange um universo de mais 1,6 milhão
de trabalhadores, incluindo enfermeiros, técnicos e auxiliares. De acordo com
dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a área de
saúde no Brasil compõe-se de um contingente de 3,5 milhões de trabalhadores,
dos quais cerca de 1,7 milhão de profissionais atuam na enfermagem. O estudo
conduzido pela Fiocruz e o Cofen aponta desgaste profissional em 66% dos
entrevistados e uma forte concentração de profissionais de enfermagem na Região
Sudeste (mais da metade das equipes consultadas).
O Perfil da Enfermagem no Brasil apresenta
as características da profissão com base nos seguintes aspectos: identificação
socioeconômica; formação profissional; acesso à informação técnico-científica;
mercado de trabalho; satisfação no trabalho e relacionamento; e participação
sociopolítica. Os resultados detalham a situação da enfermagem em âmbito
nacional e regional, nas 27 unidades federativas.
"Os dados possibilitarão conhecer a
realidade dos profissionais de enfermagem do Brasil, visando aprimorar, cada
vez mais, os serviços prestados por eles, além de fornecer informações para
subsidiar a construção de políticas públicas voltadas para a categoria, o que
beneficiará toda a sociedade", esclareceu a coordenadora-geral do estudo e
pesquisadora da Escola Nacional de Saúde Pública (Ensp/Fiocruz), Maria Helena
Machado.
O estudo inclui desde profissionais no
começo da carreira (auxiliares e técnicos que iniciam com 18 anos; enfermeiros,
com 22) até os aposentados (pessoas de até 80 anos). "Traçamos o perfil da
grande maioria dos trabalhadores que atuam do campo da saúde. Trata-se de uma
categoria presente em todos os municípios, fortemente inserida no SUS e com
atuação nos setores público, privado, filantrópico e de ensino.
Isso demonstra a dimensão da pesquisa, que
não contempla apenas os que estão na ativa, mas a corporação como um
todo", comentou a coordenadora. No quesito mercado de trabalho, 59,3% das
equipes de enfermagem encontram-se no setor público; 31,8% no privado; 14,6% no
filantrópico e 8,2% nas atividades de ensino.
Os resultados da pesquisa Perfil da
Enfermagem no Brasil serão divulgados durante as atividades do Mês da
Enfermagem. O estudo tem apoio da Secretaria de Gestão do Trabalho e da
Educação na Saúde do Ministério daSaúde (SGTES/MS) e da Organização
Pan-Americana de Saúde (Opas/OMS).
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