quinta-feira, 30 de agosto de 2018

SAMU – DF aposta na segurança e é primeiro serviço público de remoção do país a buscar acreditação JCI


SAMU – DF aposta na segurança e é primeiro serviço público de remoção do país a buscar acreditação JCI
Transparência para os usuários, maior controle sobre riscos de infecção e monitoramento dos indicadores de saúde. Estes são apenas alguns dos principais objetivos a serem alcançados por meio do trabalho de melhoria contínua do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência do Distrito Federal (SAMU – DF). Visando conquistar a acreditação da Joint Commission International (JCI), em 2015, buscou a expertise do Consórcio Brasileiro de Acreditação (CBA), e implantou na unidade o Programa de Educação para Melhoria da Qualidade e da Segurança do paciente. De acordo com o diretor do SAMU – DF, Rafael Vinhal, os padrões JCI estão sendo implementados de forma gradual. “Foram criados diversos grupos de trabalho setoriais para executarem o programa de segurança e qualidade. Os protocolos operacionais e protocolos clínicos e assistenciais do serviço estão sendo revisados. Posteriormente, será preciso capacitar as equipes de atendimento. A implantação dos padrões envolve toda uma mudança de cultura organizacional, bem como dos processos de trabalho”, esclarece.
É fundamental que todos os atores envolvidos no cenário de atendimento pré-hospitalar estejam familiarizados com os padrões. “Cada um dos servidores da instituição deve estar aberto a aprimorar o seu processo de trabalho de forma a abandonar a cultura do ‘fazer à sua própria maneira’ e adotar rotinas de excelência baseadas em evidências”, frisa Vinhal. “Embora os padrões sejam claros, coerentes e pareçam óbvios de serem seguidos, adotá-los é um desafio. Devemos ter uma gestão de processos e de resultados bem orientada, visando o alcance das metas internacionais traçadas”, completa.
Vinhal conta que desde o início do processo muita coisa mudou. “O serviço passou por uma reorganização administrativa em seu organograma. Foi criada uma farmácia central, com farmácias setoriais, com um farmacêutico responsável. A assistência e logística farmacêuticas eram deficiências no serviço, incluindo o armazenamento e a dispensação das medicações, materiais e insumos”, informa. Ele acrescenta que foram criados núcleos de controle de infecção e de qualidade e segurança do paciente e que o SAMU – DF passou a trabalhar com um maior monitoramento de indicadores e de resultados. Alguns indicadores de serviço, inclusive, tiveram que ser revisados. “Revimos a missão, a visão e os valores da instituição, repensamos os indicadores de saúde, de qualidade e de resultados, refletimos sobre os direitos e os deveres de nossos usuários e criamos comissões de avaliação de prontuários e eventos sentinela”, conta ele.
De acordo com Vinhal, a mudança organizacional provocada pelo Programa de Educação para Melhoria da Qualidade e da Segurança do Paciente foi capaz de dar eficiência aos processos de trabalho. “O Programa nos traz a certeza de que a população está sendo bem atendida e de que estamos prestando um serviço de excelência. Por meio dele, é possível controlar os riscos de infecção, monitorar melhor nossos indicadores de saúde e saber se estamos evoluindo nos processos de trabalho”, garante, destacando ainda que o programa assegura maior transparência para o usuário do sistema, que tem direitos e deveres bem estabelecidos.
Segurança acima de tudo
No SAMU – DF, a questão da segurança é um princípio que vem sendo continuamente reforçado em cursos de educação permanente. Para engajar as equipes nas questões relacionadas à qualidade e segurança, uma comissão executora do Programa de Educação para Melhoria da Qualidade e Segurança do Paciente realiza reuniões periódicas semanais com os gestores do serviço e monitora os grupos de trabalho criados para a execução do programa. Nestes encontros, são reforçadas informações pertinentes ao correto preenchimento dos prontuários, uma questão fundamental no atendimento pré-hospitalar.
Vinhal chama a atenção para o fato de que uma das maiores deficiências no atendimento pré-hospitalar é o controle de infecções. “Embora haja regras claras para o ambiente hospitalar, não há normas específicas de controle de infecções em ambiente pré-hospitalar. Nesse sentido, é necessária a implementação de um programa de controle de infecções, mediante construção de protocolos e de cursos de educação permanente”, diz. O trabalho da comissão, nascida a partir do desenvolvimento do Programa de Educação para Melhoria da Qualidade e da Segurança do Paciente, se dá através da confecção de protocolos, monitoramento de indicadores, vistoria de ambientes de atendimento e ações de educação continuada.
http://www.cbacred.org.br/noticias/2018/08/05.asp

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