quarta-feira, 28 de outubro de 2015

Total Care Cincinato Braga - AMIL

Parabéns a todos os profissionais do Total Care Cincinato Braga-AMIL
pelas Recertificações dos seguintes Programas:
CCPC em Asma e CCPC em DPOC

ANS avalia qualidade dos planos de saúde no Brasil

ANS avalia qualidade dos planos de saúde no Brasil

Cláudia Collucci

O mercado de planos de saúde enfrenta uma grave crise, com redução de beneficiários e possibilidade de mais quebra de operadoras, segundo especialistas do setor.

Só no último trimestre (de julho a setembro), a perda foi de 236,2 mil clientes. A desaceleração começou há um ano, quando a taxa de crescimento começou a cair. No mês passado, o setor registrou a perda de 164,4 mil beneficiários.

Setembro fechou com total de 50,26 milhões de clientes –queda de 0,3% em relação ao mesmo período de 2014. A análise é do IESS (Instituto de Estudos da Saúde Suplementar), a partir de dados da ANS (Agência Nacional de Saúde Suplementar).

A quebra da Unimed Paulistana, que figurava entre as maiores do sistema Unimed, acendeu o alerta vermelho. Para a advogada Renata Vilhena, especializada em direito à saúde, o risco de mais operadoras quebrarem é real.

"A Unimed Rio já está sofrendo intervenção da ANS. A Unimed Paulistana estava sofrendo intervenção da ANS desde 2009 e durante esse período a situação piorou, culminando na catástrofe anunciada em setembro", afirma.

Para a FenaSaúde (Federação Nacional de Saúde Suplementar), a retração do mercado pode ser atribuída à atual crise econômica, em especial à retração do mercado de trabalho e do rendimento real dos brasileiros.
A Abramge (Associação Brasileira de Medicina de Grupo) diz que a situação do setor também foi agravada pela inclusão de novos procedimentos que os planos são obrigados a oferecer.

"O reajuste autorizado pelo governo [no caso dos planos individuais] não paga esses custos. Estamos numa encruzilhada. O setor está destruído", diz Pedro Ramos, diretor da Abramge. Os planos individuais representam cerca de 20% do mercado.

Mas Ramos não acredita em "quebradeira geral" do setor. "Haverá concentração de mercado. As empresas mais sólidas vão ter que socorrer as que estão em dificuldades."

CUSTOS

Na opinião de Luiz Augusto Carneiro, superintendente-executivo do IESS, a "quebradeira" se aplica a casos pontuais. "O que não significa dizer que o setor não enfrente dificuldades e tenha seus desafios. Há uma década temos notado que os custos da saúde superam, de forma significativa, a inflação média do país", diz Luiz Augusto Carneiro, superintendente-executivo do instituto.

Em dezembro de 2014, o indicador VCMH (Variação do Custo Médico-Hospitalar) apontou alta acumulada em 12 meses de 16,7%, enquanto o IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo) era de 6,7%.

Na opinião de Carneiro, o setor deve fechar o ano em queda, mas em proporção inferior à retração do PIB e do nível de emprego. "O plano de saúde é o terceiro principal desejo do brasileiro, atrás de educação e da casa própria. Então, é natural que, enquanto houver condições financeiras, os beneficiários e as empresas tentarão preservar esse benefício."

Para Vilhena, porém, a crise do mercado de planos é resultado de uma "crise de valores institucionais". "As pessoas só pensam em beneficio próprio, em receber vantagem financeira imediata, sem pensar no amanhã. Conversar com os idosos vítimas desta situação da Unimed Paulistana dá desespero, as famílias estão sem qualquer opção. Os planos oferecidos pelo acordo tem uma rede credenciada muito pequena, sem condições de atender 750 mil pessoas."

fonte Folha de São Paulo 




Prezados amigos 
Dispomos o livro Qualidade e segurança em saúde: os caminhos da melhoria via Acreditação Internacional – relatos, experiências e práticas para a avaliação dos leitores e divulgação através deste canal abaixo.
De um like, diga se esta lendo, se recomenda , enviem também sua resenha sobre o livro. 
Desde já agradecemos!
Autor Heleno Costa Junior 
https://www.skoob.com.br/qualidade-e-seguranca-em-saude-os-caminhos-da-melhoria-via-acreditacao-internacional-%E2%80%93-relatos-experiencias-e-praticas-529587ed537874.html

sexta-feira, 9 de outubro de 2015

Medidas de segurança do paciente têm resistência de médicos, diz anestesista


Medidas de segurança do paciente têm resistência de médicos, diz anestesista

Ricardo Mioto e Gabriel Alves

A alta mortalidade dos pacientes no país está relacionada com a grande quantidade de erros médicos –ou "eventos adversos", no jargão–, diz o médico anestesista Enis Donizetti Silva, 55, presidente da Sociedade de Anestesiologia do Estado de São Paulo.

Enis aponta resistência dos médicos, tanto em na rede pública quando em hospitais de elite, a procedimentos padronizados e mesmo a medidas simples como lavar as mãos.

Ele capitaneia a criação da Fundação para a Segurança do Paciente, que congrega várias entidades médicas e será lançada em novembro.

Folha - Por que uma fundação pela segurança do paciente?
Enis Donizetti Silva - Se você ficar internado uma semana em um hospital brasileiro, é muito grande a chance de acontecer algo errado com a sua medicação. Dose errada, hora errada, paciente errado, medicação errada. São quase 40% de eventos adversos nos hospitais brasileiros, contra 15% em outros países.

Como se faz essa conta?
Contamos todo mundo que entra no hospital. Isso é o que consideramos 100%. De todos esses pacientes, no Brasil, quase 40% tiveram eventos adversos. O que são eventos adversos? É o que antigamente chamávamos de erro médico: tudo que sai fora do padrão estabelecido de diagnóstico ou tratamento e trouxe algum dano ao paciente.

Mas convenhamos que, a 40%, a mensagem é que é melhor ficar em casa...
Sem dúvida. Há alguns caminhos para reduzir isso, como checklists. É como quando um avião vai voar. Combustível? Instrumentos de voo? Na medicina é a mesma coisa. É este o paciente mesmo? É esta a perna certa? Mas poucos hospitais brasileiros fazem checklists. Em geral, só os que procuram ter acreditação [certificações internacionais de qualidade].

Mas há também uma resistência altíssima dos médicos ao checklist, não?
Muito grande. Total.

Até porque em geral ele não é comandado pelo médico.
É o enfermeiro, o técnico.

Então isso significa uma perda de poder do médico.
Sim. Quando você implanta uma cultura de segurança, você dá poder ao lado mais fraco: técnicos, enfermeiros, fisioterapeutas. O médico vai perder aquela aura. E isso tem de ser ensinado desde a faculdade. Porque o que ensinam hoje é que eu vou lá, examino, faço diagnóstico, estabeleço o tratamento e... dou uma ordem para a enfermeira.

Muitos médicos dizem que realizar checklists é burocratizar a medicina.
Depois que uma cultura está estabelecida, é difícil mudá-la. Ainda temos muitos problemas com médicos que não lavam a mão. Mas veja: na faculdade, não há aulas sobre a importância da lavagem. Resultado: mais de 90% dos casos de infecções de corrente sanguínea e infecção associada a cateter estão associadas a isso...

Quando surgiram as acreditações, elas eram tratadas jocosamente. "Vou preencher a burocracia." Médicos são às vezes um entrave a mudanças importantes.

É importante, por exemplo que os dados do paciente sejam anotados em um sistema eletrônico. Assim não vou injetar dipirona no paciente alérgico porque esqueci, porque não estava na minha ficha, porque a caligrafia do outro era incompreensível.

Se temos tantos problemas de procedimento, parece um tanto claro que despejar dinheiro em hospitais com procedimentos falhos não vai resolver o problema.

Só vai piorar. O grande problema de eventos adversos não é falta de infraestrutura. É o processo. E olha que nossa média já é muito alta: a mortalidade hospitalar do SUS na modalidade cirúrgica é de 3,72%. Em outros países, esse valor é de 0,5%.

Sem falar no altíssimo tempo de internação. Não adianta eu recuperar sua pneumonia mas deixar você 27 dias no hospital, porque eu causei um monte de eventos adversos. Pacientes que deixamos duas semanas internados ficam só quatro dias no hospital no exterior. Isso cria filas enormes no sistema de saúde. Um paciente ocupa o lugar de cinco. Sem falar no risco de, lá pelo décimo dia de internação, alguém errar o seu remédio...

Além do checklist, o que mais pode ser feito?
Um estudo clássico americano mostrou que a taxa de mortalidade em cirurgia cardíaca feita em um hospital que fazia o procedimento 30 vezes por ano era de 27%. Em um hospital que operava 10 mil doentes por ano, 6%.

Por que isso acontece? Quando você faz um volume grande, começa a estabelecer algo como uma linha de produção: cria procedimentos, estabelece padrões. Desse modo, hospitais abaixo de cem leitos começaram a ser questionados e fechados nos EUA.

Mas sabe quantos leitos têm a maior parte dos hospitais brasileiros? Uns 50, menos. A incidência de complicações é altíssima, porque o médico vai fazer um determinado tipo de cirurgia só uma ou duas vezes por ano.

Fechar hospitais pequenos é uma bandeira um tanto ingrata... Fico imaginando que político vai querer falar isso na cidadezinha do interior.
É terrível. O que se pode fazer é criar níveis de cuidado, deixando tais hospitais com procedimentos mais simples.

Outra dificuldade política é apontar problemas de gestão de processos no SUS. Uma ala dos especialistas defende que isso é um jeito de desviar o foco do financiamento.

Pois é. Minha bandeira é esfarrapada, o mastro é fraco e o vento é forte. O que tem de bonito nos processos? Nada. Não há glamour. Não estou falando em tratamento nos melhores lugares. Não estou falando em transporte de helicóptero, de jato, em superUTI. O que digo é justamente que o helicóptero, o jato, a superUTI podem contribuir enormemente mal para sua saúde.

Mas é difícil. Porque o que todo mundo quer é ter o plano top da Omint, da SulAmérica. Mas às vezes não é isso.

Nesse sentido, como é a situação da segurança do paciente em hospitais como o Sírio-Libanês ou o Einstein? Parece que mesmo eles têm problemas.

Eles vão bem na maior parte dos indicadores, até porque eles têm uma marca a proteger, mas há várias falhas, e eles sabem que há problemas graves. Uma questão é a própria lavagem das mãos. Os hospitais sempre fazem campanhas –e sempre fica claro que a adesão é baixa.

Uma das dificuldades desses hospitais é o fato de eles terem o corpo clínico aberto [ou seja, os médicos não são funcionários do hospital]. Isso dificulta padronizar processos. Aqui ficamos discutindo autonomia médica, se "o protocolo emburrece".

E quão factível seria não ter corpo clínico aberto?
É muito difícil. Porque, no nosso modelo, o paciente procura o médico, e o médico leva o paciente para o hospital. Então o hospital precisa cativar o médico. Imagina chamar o médico e dar bronca porque não lavou a mão... "Vai que ele fica chateado e não vai querer mais internar aqui..." Especialmente se você é um médico que põe 200 pacientes por mês no hospital.

Uma crítica comum a hospitais de elite é que eles seriam pequenas indústria de exames, procedimentos... Ninguém pisa neles impune, vai sair no mínimo com algum exame.

Vai sair. E temos de informar ao paciente que o excesso de exames traz prejuízos. O doente tem que saber que, ao pressionar o médico por um monte de exames desnecessários, está correndo risco. Porque os exames não são perfeitos. Tem falso positivo.

Eu já vi casos assim: um exame estava apontando uma alteração que só poderia ser confirmada por uma biópsia no fígado. Pegaram uma veia importante, teve sangramento. Aí teve de fazer uma cirurgia no abdômen para dar ponto no fígado. Foi para a UTI. Internação. Sabe qual o diagnóstico no final? Fígado normal.

Check-up bom é um bom exame clínico. Pegar uma lista de 40 exames e botar X em tudo? Pode ter certeza, seis ou sete virão com alterações.

É uma reclamação frequente dos pacientes: o médico é ruim, só ficou de conversinha, não pediu nenhum exame...


Exato. E virou uma indústria. É o lado perverso: o médico também quer bastante exame, até cirurgias, porque vai ter uma participação.
Fonte - FOLHA DE SÃO PAULO

quinta-feira, 8 de outubro de 2015

Crédito da foto: Cirineu Brauner
Top Ser Humano e Top Cidadania
Hospital Moinhos de Vento é o único a conquistar duas categorias no prêmio ABRH 2015
O Hospital Moinhos de Vento conquistou novamente os prêmios Top Ser Humano e Top Cidadania, da Associação Brasileira de Recursos Humanos (ABRH). Nesta edição, a instituição foi a única a conquistar as duas categorias na mesma edição do prêmio. As distinções foram entregues em cerimônia realizada nesta quarta-feira (07) no Grêmio Náutico União.
Com 88 anos de trajetória marcada por inovação e excelência, o Hospital foi uma das vencedoras do Top Ser Humano, com o case "Cuidar como Missão, Celebrar como Gestão". A instituição utiliza a confraternização como um instrumento de gestão, valorizando a equipe, fortalecendo o empenho e a atenção dos colaboradores para cumprir a missão de cuidar de vidas e, ainda, construir um bom ambiente de trabalho e promover a cultura do pertencimento.
Um grande rol de iniciativas, entre ações e eventos, é minuciosamente planejado para envolver a todos, dos colaboradores às comunidades do entorno onde estão localizadas suas unidades. “Expressar gratidão, reconhecer e retribuir são características da nossa Instituição, pois os colaboradores são o nosso maior patrimônio," destaca o superintendente executivo, Fernando Andreatta Torelly.
Troca, conquista e trabalho
O Hospital também conquistou o Prêmio Top Cidadania, com o case "Hospital Restinga e Extremo-Sul: troca, conquista e trabalho como fator de transformação social". Inaugurado em 1º de julho de 2014, o Hospital trouxe grandes avanços sociais para os mais de 100 mil habitantes da região, que agora encontram, perto de casa, um complexo hospitalar que dispõe de pronto atendimento 24h e de uma unidade de internação, apoiados por uma estrutura de exames de diagnóstico.
O HRES tem hoje 343 funcionários. Cinquenta e dois por cento dos colaboradores de nível médio e técnico são moradores da própria Restinga e de bairros do Extremo-Sul. Parte da equipe foi formada na Escola de Gestão em Saúde fundada em 2009, com a missão de qualificar a mão de obra local e formar profissionais para atuação na instituição, que é administrada pela Associação Hospitalar Moinhos de Vento, em parceria com a Prefeitura de Porto Alegre, Governo do Rio Grande do Sul e Ministério da Saúde. A unidade é dividida em Hospital, Emergência, Centro de Diagnóstico, Centro de Especialidades e Escola de Gestão em Saúde.
Ao unir desenvolvimento humano, prosperidade social e qualidade de vida, o HRES criou uma relação de proximidade com a comunidade, conforme destaca o Superintendente de Educação, Pesquisa e Responsabilidade Social Luciano Hammes. “Buscamos desenvolver um projeto sustentável que contribuísse para a sociedade, não só em termos de saúde pública, mas também para a qualificação profissional e geração de emprego. O alcance social dessa iniciativa para a Restinga transcende o acesso à saúde. A relação é uma via de mão dupla – o grupo do hospital e a comunidade transformam e são transformados, todos os dias”.
Sobre os prêmios
O Top Ser Humano reconhece indivíduos e organizações que valorizam o ser humano como diferencial estratégico para o crescimento das pessoas e empresas. O Top Cidadania premia as ações sociais realizadas pelas organizações na comunidade gaúcha, contribuindo para o incentivo dos investimentos sociais nas empresas do Estado.

Crédito da foto: Cirineu Brauner.

quinta-feira, 17 de setembro de 2015

Pesquisador da Universidade de Harvard vem ao Brasil para falar sobre como a tecnologia pode ajudar a melhorar os resultados em instituições de saúde


Pesquisador da Universidade de Harvard vem ao Brasil para falar sobre como a tecnologia pode ajudar a melhorar os resultados em instituições de saúde

Professor, pesquisador e especialista nos domínios da Tecnologia de Informação em Saúde (HIT, em inglês) do Hospital Brigham and Women, em Boston (EUA), e um dos principais pesquisadores da Universidade de Harvard, Ronen Rozenblum, é um dos conferencistas do III Congresso Internacional de Acreditação, que acontece de 21 a 23 de setembro, no Rio de Janeiro.
No evento, que é promovido pelo Consórcio Brasileiro de Acreditação em parceria com a Joint Commission International, Rozenblum defenderá a importância de criar Centros de Cuidados aos pacientes. E irá mostrar a experiência, bem-sucedida, desenvolvida por ele no Unit for Innovative Healthcare Practice & Technology (Unidade para Práticas e Tecnologia em Cuidados à Saúde), do Hospital Brigham and Women, em Boston (EUA).
Nessa apresentação, vou dar informações sobre os termos e conceitos de Centros de Cuidados ao Paciente, a importância dessa dimensão de qualidade no cuidado, os principais determinantes da experiência e satisfação do paciente, as comprovações e resultados, a atual situação, necessidades, desafios e oportunidades, o papel dos médicos nesse Centro, bem como experiências e resultados dos próprios pacientes”, adianta.
Rozenblum garante que a experiência norte-americana pode ser aplicada no Brasil, tanto em instituições públicas como privadas.
Para saber mais, participe do III Congresso Internacional de Acreditação. Mais informações em http://cbacred.org.br/congresso-internacional/iii/.








quinta-feira, 10 de setembro de 2015

Dica de segurança do mês

Uma pesquisa encomendada pelo Departamento de Saúde do Reino Unidos  descobriu que, depois de um incidente de segurança do paciente 34% das pessoas entrevistadas queriam um pedido de desculpas ou explicação, 23% queriam um inquérito sobre o caso, 17% queriam apoio para lidar com as conseqüências, 11% queriam compensação financeira, e 6% queriam ação disciplinar. A pesquisa mostrou que os pacientes são mais propensos a perdoar erros médicos quando os erros são discutidos totalmente em tempo hábil e que a transparência pode diminuir o trauma sentido pelos pacientes após um evento adverso.

Fonte: Joint Commission International 

ANS discute com operadoras regras para aplicações financeiras

A Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) realizou nesta terça-feira (08), no Rio de Janeiro, uma audiência pública para revisar a Resolução Normativa nº 159/2007, que trata das aplicações permitidas para os ativos garantidores das provisões técnicas das operadoras de planos de saúde. Esses ativos correspondem a uma parte do patrimônio da operadora que funciona como garantia das provisões contabilizadas.  
O objetivo da audiência pública foi ampliar a participação da sociedade no processo de revisão de normas, colhendo opiniões e sugestões sobre as alterações propostas pela Agência.  
Para o diretor-adjunto de Normas Habilitação das Operadoras, César Serra, cabe à ANS incentivar o debate sobre a manutenção de recursos e fundos garantidores das operadoras. “Em última instância, nossas regras visam à capitalização do setor como forma de garantir a continuidade da assistência aos clientes dessas empresas”.  
Uma das propostas apresentadas durante a revisão da RN 159 é a vinculação às regras do Conselho Monetário Nacional (CMN), ligado ao Banco Central, órgão responsável pela política da moeda e do crédito do país. Esse conselho regulamenta e orienta as aplicações financeiras de sociedades seguradoras e possui maior expertise quanto às características de cada ativo.  
A proposta de revisão da Resolução Normativa nº 159/2007 e demais informações da discussão promovida pela ANS podem ser obtidas na página da Agência na internet, no endereço www.ans.gov.br, menu Participação da Sociedade, item Audiências Públicas. Além das consultas e audiências públicas, a ANS também conta com outros canais de participação da sociedade, como a Câmara de Saúde Suplementar, o Comitê de Padronização das Informações, o Comitê da Qualificação de Prestadores, Câmaras e Grupos Técnicos.
- See more at: http://www.ans.gov.br/aans/noticias-ans/participacao-da-sociedade/2978-ans-discute-com-operadoras-regras-para-aplicacoes-financeiras#sthash.oGku8zFG.dpuf

Fonte: ANS

segunda-feira, 7 de setembro de 2015

Objeto de desejo dos brasileiros, planos de saúde têm sinistralidade alta Acreditação pode ser a saída para saúde financeira e qualidade das operadoras


Objeto de desejo dos brasileiros, planos de saúde têm sinistralidade alta
Acreditação pode ser a saída para saúde financeira e qualidade das operadoras

Ele é apontado como o terceiro maior desejo dos brasileiros, segundo pesquisa do Ibope Inteligência. Para os trabalhadores, ele está em primeiro lugar na preferência entre benefícios, como participação nos lucros e vale alimentação, conforme Pesquisa dos Profissionais Brasileiros, realizada pela Catho. Apesar de ser ‘objeto’ de consumo, apenas 27,9% dos brasileiros possuem um plano de saúde médico ou odontológico, como mostram dados do IBGE.

Apesar levantamento do Instituto de Estudos de Saúde Suplementar (IESS) ter mostrado que o total de beneficiários de planos de saúde médico-hospitalar cresceu 1% em junho na comparação com junho de 2014, somando 50,5 milhões de planos contratados ao final do primeiro semestre de 2015, o Boletim da Saúde Suplementar – Indicadores Econômico-financeiros e de
Beneficiários, publicado recentemente pela Federação Nacional de Saúde Suplementar (FenaSaúde) com base nas informações extraídas dos sistemas de informação da ANS, revelou que de cada R$ 100,00 recebidos pelas operadoras de planos de saúde por meio de mensalidades, R$ 98,00 são destinados essencialmente para custear as despesas assistenciais e administrativas. “A sinistralidade está alta, especialmente para as operadoras de alta gestão. A única saída é fazer a gestão correta dos seus processos e, principalmente, dos processos assistenciais de cuidados. A facilidade que as pessoas têm de repetir exames é grande. As operadoras têm levantado alguns índices de pessoas que fazem exames e que, simplesmente, não vão buscar seus resultados”, observa José de Lima Valverde Filho, coordenador de Acreditação para Operadoras de Planos de Saúde do Consórcio Brasileiro de Acreditação (CBA), primeira instituição homologada pela Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) para acreditar operadoras com base na resolução 277/11. Segundo ele, a solicitação de exames é dissociada de indicações clínicas. “Um médico amigo ou da família pode, a pedido do próprio paciente, fazer exames complementares. A ida a especialistas é livre e os pacientes não são obrigados a se consultarem com um generalista previamente, capaz de resolver muitas das queixas sem recorrer a sofisticados e caros exames complementares”, alerta.

Embora o coordenador afirme que a acreditação é um passo importante para a gestão das operadoras de planos de saúde, ainda é baixo o número de instituições acreditadas. Segundo a ANS, das 1,4 mil operadoras de planos de saúde com registro ativo, apenas seis possuem acreditação. “A ANS deveria chamar os organismos acreditadores e as operadoras para uma discussão sobre a importância da acreditação”, sugere Valverde Filho. No seu entendimento, a vantagem da acreditação está no que chama de avaliação sistêmica: “a metodologia avalia a empresa em sua relação com os provedores, com a sua rede credenciada, com seus beneficiários, com os órgãos reguladores, em relação à segurança, a sustentabilidade do seu negócio, entre outros aspectos. Por outro lado, faz a avaliação da atividade fim. Ou seja, é correto afirmar que estamos avaliando tanto a operadora no viés de gestão como na prestação de cuidados assistenciais e preventivos. Não existe nenhuma outra metodologia certificadora de qualidade que faça isso”, assegura.

Diretor técnico da primeira operadora acreditada no Brasil, a Bradesco Saúde, Flávio Bitter, conta que a candidatura voluntária à acreditação não teve como objetivo único obter um certificado de qualidade: “Nossa preocupação maior dizia respeito em relação à qualificação da rede referenciada, com a informação que prestamos ao nosso segurado, em apoiá-lo em suas necessidades. Enfim, nossa tônica sempre foi a de um sistema com um padrão de qualidade superior. Queremos que a Bradesco Seguros seja conhecida como a melhor gestora de saúde do mercado”, enfatiza o diretor da operadora, que foi acreditada pelas metodologias I (padrões criados pelo CBA, com base em critérios internacionais e com consultoria da Joint Commission International) e II (atende aos padrões da RN 277/11).

De olho em se qualificar frente ao mercado, três novas operadoras de saúde iniciaram o processo de acreditação junto ao CBA. São elas, a São Cristóvão Saúde, a São Francisco Saúde e a São Francisco Odontologia.

Para a diretora de Estratégias e Gestão do São Cristóvão Saúde, Caroline de Freitas Ventura Amaro, a busca pela acreditação “além de atender a resolução normativa 277 da ANS e melhorar a confiabilidade da operadora junto ao mercado e agências reguladoras, firma o compromisso que a operadora possui junto a seus beneficiários, a fim de melhorar a satisfação, segurança e a qualidade no cuidado” o que, segundo ela, pode colaborar para o aumento da confiança e da satisfação dos clientes. A diretora vê ainda a acreditação como uma forma de melhorar a sinistralidade através do gerenciamento dos programas de promoção da saúde, atendendo as determinações da agência reguladora e dos beneficiários, avaliando e monitorando a qualidade e segurança dos prestadores de serviços.

Diretor institucional da São Francisco Saúde (em preparação para a acreditação pelas metodologias I e II), Paulo Santini Gabriel vislumbra que a busca da excelência pode agregar valores para a empresa, pela padronização e institucionalização das atividades, conhecimentos e informações gerados e por monitorar e proporcionar melhorias constantes. “Em termos práticos, significa que nos centramos em processos estruturados e áreas responsáveis, sempre com foco no cliente. Isso se refletirá em agilidade na resolução de problemas, uma vez que haverá um processo norteador por meio de planos de ação estabelecidos e sempre revisados, o que é exigência da acreditação”, avalia.

Pertencente ao Grupo São Francisco, a operadora já começou a disseminar os padrões junto às equipes assistenciais e administrativas próprias a partir de agentes multidisciplinares, formado por funcionários voluntários responsáveis por replicar o conhecimento gerado e decisões tomadas pelo grupo do Programa de Melhoria da Qualidade, gerido pela Coordenação da Qualidade. “Além disso, desenvolvemos, junto ao Recursos Humanos e a área de Comunicação Interna, cronograma de treinamentos e divulgação periódica em intranet dos andamentos do projeto de acreditação”, conta Gabriel. O diretor institucional revela ainda que, junto a terceiros, foi estruturado um cronograma com responsáveis para visitas de fiscalização e instrução dos padrões, produção e distribuição de material informativo, além de eventos para estimular e capacitar os integrantes da rede contratada. Igualmente, a São Cristóvão Saúde formou times de trabalho para cada dimensão dos padrões de acreditação, definindo estratégias e criando novos canais de comunicação e reforço das informações, tanto para as equipes próprias quanto para os terceiros e prestadores de serviços.

Para Caroline Amaro, a padronização dos processos de gestão e serviços, e a implantação e o monitoramento de indicadores assistenciais e administrativos visam estimular a aplicação de estratégias, reduzindo riscos aos pacientes e aos profissionais, minimizando desperdícios e, consequentemente, o custo dos serviços.

A diretora da São Cristóvão Saúde não está sozinha quando fala de melhoria da qualidade e redução de custos. O diretor da São Francisco Saúde também enxerga a acreditação como investimento. “Um bom exemplo é a Adequação dos Serviços para os Beneficiários, que dentre outros assuntos, versa sobre a identificação de pacientes crônicos, de grupos de risco e a implantação de programas de promoção à saúde. Haja vista as transformações demográficas pelas quais passa o Brasil, como o alargamento do topo da pirâmide etária, o controle dos custos e despesas assistenciais passa diretamente pela prevenção de doenças, sendo este um caminho necessário a ser trilhado pelas operadoras que buscam a acreditação”, enfatiza Paulo Gabriel.

Valverde Filho assinala que a acreditação analisa e avalia, entre outros, processos, o que significa analisar o uso dos recursos das operadoras para o cumprimento de suas obrigações com seus beneficiários. “A questão é que recursos são finitos. Portanto, é preciso gerenciá-los adequadamente. Se você não tem ideia aonde gasta, como gasta ou porque gasta, recursos vão pelo ‘ralo’. O cerne é gastar bem e não mais, necessariamente”. Para o coordenador do CBA, a acreditação ajuda, por exemplo, na alocação de verbas para a promoção de saúde. “É incrível como algumas operadoras, ainda hoje, duvidem que promover a saúde ou evitar mais agravos aos seus pacientes crônicos, seja um mal negócio. Algumas disponibilizam programas, desde que o beneficiário pague! Mas é bom que fique claro que quando se fala em controlar gastos, não se trata de racionar e sim racionalizar, que são coisas completamente diferentes”, enfatiza.

Congresso

Se você se interessou pelo tema, participe do III Congresso Internacional de Acreditação, que acontece de 20 a 23 de setembro, no Rio de Janeiro. Especialmente no dia 22, acontece a mesa “Modelos de Monitorização dos Pacientes utilizados pelas Operadoras de Plano de Saúde”, com a participação da superintendente médica da Bradesco Saúde, Maristela Duarte Rodrigues,
do diretor da Carelink Gestão em Saúde, Paulo Pavarini Jr., e
do médico Paulo Cesar P. de Souza, membro da Diretoria Técnica da Amil.

Para mais informações acesse: http://www.cbacred.org.br/congresso-internacional/iii


Centro de cuidados aos pacientes é tema de conferência em congresso internacional de saúde no Rio


Centro de cuidados aos pacientes é tema de conferência em congresso internacional de saúde no Rio

Paul vanOstenberg: “A barreira primária para os centros de cuidados aos pacientes é o comportamento humano e os processos que ainda são feitos de forma antiga”

Os centros de cuidados aos pacientes podem ser vistos hoje como uma evolução na atenção dispensada aos pacientes e familiares em todos os estágios do processo de cuidado. No entanto, para Paul vanOstenberg, conselheiro sênior da Joint Commission International (JCI) para crescimento global e inovação, esse núcleo é mais um item na melhora da qualidade e segurança do paciente do que uma estratégia das organizações de saúde: “Isso significa que, há um aumento de oportunidades para os pacientes e seus familiares para que eles possam atuar diretamente em
torno de suas necessidades e não da doença ou das preferências do médico. Existem estratégias para gerenciar essas mudanças e fazer isso acontecer, mas não as vejo como uma estratégia hospitalar”.

Leia mais em http://cbacred.org.br/noticias/2015/09/04.asp


livro Qualidade e segurança em saúde: os caminhos da melhoria via Acreditação Internacional – relatos, experiências e práticas


Livro sobre qualidade e segurança será lançado em congresso internacional

Para quem quer conhecer ou se aprofundar sobre os mecanismos teóricos e práticos para se trabalhar qualidade e segurança em saúde, uma nova publicação chega ao mercado: o livro Qualidade e segurança em saúde: os caminhos da melhoria via Acreditação Internacional – relatos, experiências e práticas, de autoria de Heleno Costa Júnior, que por 17 anos esteve à frente da Coordenação de Educação do Consórcio Brasileiro de Acreditação (CBA), representante exclusivo no Brasil da Joint Commission International (JCI). A publicação que tem 188 páginas e está organizada em oito capítulos, será lançada no dia 22 de setembro às 17h, durante o III Congresso Internacional de Acreditação, no Rio de Janeiro.

Publicações de saúde do CBA completam cinco anos e lançam novas edições


Publicações de saúde do CBA completam cinco anos e lançam novas edições

Duas publicações voltadas para o setor de saúde, editadas pelo Consórcio Brasileiro de Acreditação (CBA), estão completando cinco anos de existência: a Revista Acreditação em Saúde e a Revista Acreditação (ACRED), ambas focadas em qualidade e segurança do paciente. A primeira aborda a temática a partir de cases de sucesso de instituições brasileiras acreditadas pela Joint Commission International (JCI), do qual o CBA é representante exclusivo no Brasil. Já a segunda, é uma publicação científica eletrônica, indexada pelo Capes/MEC, que visa estimular a pesquisa, experimentos e a análise crítica sobre o assunto.

http://cbacred.org.br/noticias/2015/08/05.asp