quarta-feira, 30 de junho de 2010

Gerenciamento de Sistemas em Fármacos



CURSO DE GERENCIAMENTO DE SISTEMAS EM FÁRMACOS - SÃO PAULO
Parceria entre CBA e IEP - Hospital Albert Einstein oferece curso com simulação realística

Gerenciar o sistema e os processos que a instituição hospitalar utiliza para fornecer fármacos aos pacientes. Esse é o objetivo do curso Gerenciamento de Sistemas em Fármacos Baseados no Processo de Acreditação Internacional, que acontece nos dias 14 e 15 de julho, em São Paulo. Promovido pelo Consórcio Brasileiro de Acreditação (CBA) em parceria com o Instituto Israelita de Ensino e Pesquisa Albert Einstein, o curso terá um diferencial: o conteúdo teórico será reforçado por simulação prática no Centro de Simulação Realística Albert Einstein.
“A simulação realística é uma metodologia de treinamento inovadora, apoiada por tecnologias de alta complexidade e que por meio de cenários replica experiências da vida real e favorece um ambiente participativo e de interatividade”, afirma Rosângela Boigues, Coordenadora de Ensino do CBA.
Voltado para profissionais da aérea de saúde (farmacêuticos, enfermeiros e gestores assistenciais), o curso será ministrado por instrutores das duas instituições. No programa teórico serão vistos, organização e gerenciamento, seleção, aquisição e armazenagem de medicamentos, prescrição e transcrição e, dispensação, administração e monitoramento. No Centro de Simulação Realística, a prática monitorada será voltada para o treino de habilidades práticas e revisão de conceitos. Entre eles, o preparo e administração de medicamento, a segurança na prescrição e práticas seguras, além de administração de medicamentos, comunicação de erro, gerenciamento de risco e processo de segurança, temas que serão discutidos através de cenários baseados em situações reais, seguidos de sessão de debriefing.
Os interessados em participar do curso Gerenciamento de Sistemas em Fármacos Baseados no Processo de Acreditação Internacional devem preencher a ficha de inscrição diretamente no site http://www.cbacred.org.br/. Outras informações pelos telefones (21)3299.8241 ou 32998202 ou 3299.8243 ou ainda através do e-mail rosangelaboigues@cbacred.org.br. O curso acontecerá no Instituto de Estudos e Pesquisas do Hospital Albert Einstein, que fica na Av. Albert Einstein, 627, Morumbi, em São Paulo.

Sobre Gerenciamento de fármacos
Estudos apontam que 17% dos pacientes internos no mundo sofrem com eventos adversos. O estudo brasileiro concluiu que 6% dos eventos adversos eram provenientes de fármacos. Segundo a médica da Fiocruz, Suely Rozenfeld, entre os pacientes internos em hospital geral, cerca de 16% apresenta evento adverso à medicação.
A farmaco-vigilância é a ciência e atividades relativas à identificação, avaliação, compreensão e prevenção de efeitos adversos ou quaisquer outros possíveis problemas relacionados a medicamento. Além de reações adversas, são problemas relacionados a medicamentos: abuso, mau uso, intoxicação, falha terapêutica e erros de medicação.

ASSESSORIA DE IMPRENSA
SB Comunicação, tel. (21)3798.4357

quarta-feira, 16 de junho de 2010

Acreditação Hospitalar

Seminário Nacional de Acreditação - Ano 2010

Seminário Internacional de Acreditação - Ano 2009


O Processo de Acreditação Internacional

O processo de acreditação consiste da avaliação externa da qualidade dos serviços, tendo como referência padrões predefinidos que expressam a visão de grupos da sociedade interessados em boas práticas. É um processo baseado em avaliar para melhorar o desempenho, sendo a avaliação baseada em padrões e critérios bem definidos, de modo a assegurar consistência ao processo.

O planejamento da avaliação é feito “sob medida”, com base nas características do hospital, informadas em geral pelo diretor da instituição, quando do preenchimento da solicitação da avaliação. Durante a avaliação, os avaliadores verificam a conformidade da estrutura, dos processos e dos resultados obtidos pelo hospital, comparados com os padrões do manual. As fontes de informação utilizadas pelos avaliadores são: entrevistas com pacientes e familiares, entrevistas com profissionais do hospital, reuniões e observação direta, através de visitas aos diversos setores do hospital. São ainda analisados diversos documentos relevantes do hospital, incluindo os prontuários dos pacientes. Todas essas atividades são acompanhadas por pelo menos um profissional do hospital, de acordo com a agenda preparada de comum acordo entre a direção do hospital e a agência acreditadora.

O trabalho de campo termina com uma reunião de encerramento com os líderes institucionais, durante a qual os avaliadores fornecem ao hospital um relatório de decisão preliminar, baseado em seus achados durante a avaliação. Esse relatório é então enviado ao Comitê de Acreditação, que tem entre suas atribuições, a aprovação do relatório e outorga da acreditação. O ciclo de acreditação tem a duração de três anos – seis meses antes da data de seu término, a agência acreditadora notifica a instituição, com vistas à realização de nova avaliação para reacreditação e um novo ciclo tem início.


Padrões Internacionais e o Método de Avaliação de Acreditação


Para obter o certificado de Hospital Acreditado, o hospital deve demonstrar conformidade significativa com um manual de padrões:
desenvolvidos por especialistas em saúde dos cinco continentes;
criados por profissionais que atuam especificamente no setor saude;
testados em todas as regiões do mundo;
aplicáveis de forma individual nas organizações de saúde;
desenhados para estimular e dar suporte continuado às ações de melhoria da qualidade;
criados para promover a redução de riscos para pacientes e profissionais;
adaptáveis ao contexto das crenças, valores, cultura e legislação das diferentes regiões e países do mundo;
voltados para a garantia da segurança do paciente. Através da Acreditação Internacional, as Instituições tem acesso a uma variedade de recursos e serviços de uma rede Internacional, incluindo:
um sistema internacional de avaliação de qualidade baseado no benchmarking entre as instituições participantes do programa;
estratégias para redução de riscos e táticas para prevenir eventos adversos;
acesso a uma fonte de dados sobre boas práticas;
um informativo internacional editado pela JCI;
eventos promovidos pela JCI e seus parceiros nas principais regioes do mundo.

terça-feira, 8 de junho de 2010

Gestão da Sustentabilidade na Área da Saúde


Em entrevista exclusiva para o Responsabilidade Social.com, o coordenador de Educação do Consórcio Brasileiro de Acreditação (CBA), Heleno Costa Junior, fala sobre a gestão da sustentabilidade na área da Saúde. Segundo ele, a prática da responsabilidade socioambiental já é desenvolvida por algumas instituições do segmento no Brasil, mas ainda não é possível considerar como uma ação consolidada.
“Diversas iniciativas já foram adotadas e estão em efetiva implementação, mas são de caráter isolado, não representando a coletividade”, destacou. Na avaliação do especialista, a consciência sobre o tema vem se fortalecendo nos últimos anos e será, sem dúvida, uma política institucional necessária para manutenção do negócio dentro do contexto da saúde.
Criada de acordo com o novo Código Civil Brasileiro, que regulamenta todas as atividades institucionais sociais, a CBA tem por missão contribuir para a melhoria da qualidade do cuidado aos pacientes nos hospitais e demais serviços de saúde no país, por meio de um processo de acreditação. O trabalho é realizado em parceria com a maior e mais importante organização de acreditação no mundo, a Joint Commission International, e objetiva, principalmente, garantir a qualidade diferenciada dos produtos oferecidos aos pacientes. Na entrevista, Heleno Junior fala sobre o processo de acreditação no setor, os principais aspectos considerados para a certificação de uma instituição no país e como as ações de responsabilidade social e ambiental tem evoluído no segmento. Acompanhe.



1) Responsabilidade Social - Como funciona o processo de acreditação e quais os principais pontos avaliados?Heleno Costa Junior - O processo de acreditação internacional CBA-JCI contempla, por meio dos manuais e seus respectivos padrões, um conjunto de requerimentos diretamente relacionados com a segurança nos cuidados prestados aos pacientes, que é o foco principal do processo em questão. Um dos capítulos do manual é denominado "Melhoria da Qualidade e Segurança do Paciente". Nesse capítulo estão incluídos padrões que tratam do gerenciamento dos eventos que podem comprometer a segurança da assistência, sendo esses os eventos adversos e eventos sentinelas, esses últimos que implicam na morte ou perda grave e permanente de funções. Nesse caso a instituição de saúde e os profissionais devem adotar ações pró-ativas, visando identificar, analisar e monitorar riscos potencialmente relacionados com a ocorrência desses tipos de eventos.
Outro capítulo de destaque trata das "Metas Internacionais de Segurança do Paciente", definidas a partir de um trabalho conjunto com especialistas da Organização Mundial da Saúde (OMS), da qual a Joint Commission International é parceira e colaborada do Centro Internacional de Soluções para Segurança do Paciente (www.ccforpatientsafety.org). As metas incluem, entre outras ações, a identificação correta de pacientes, a segurança na utilização de medicamentos de alta vigilância e a segurança na realização de cirurgias seguras. A adoção de políticas, procedimentos, rotinas e protocolos assistenciais garantem o estabelecimento do melhor e mais apropriado padrão de assistência aos pacientes e familiares, segundo o perfil assistencial da instituição.



2) RS - Como o setor da Saúde lida com as ações de responsabilidade social e ambiental? Já é uma prática consolidada? HJ - A prática da responsabilidade social e ambiental já é adotada e desenvolvida por algumas instituições de saúde, mas não podemos considerar, nesse momento e nesse contexto, como uma ação consolidada. Diversas iniciativas já foram adotadas e estão em efetiva implementação, mas são de caráter isolado, não representando a coletividade das instituições de saúde. No entanto, vale ressaltar que a visibilidade e a consciência sobre o tema vêm se fortalecendo nos últimos anos e será, sem dúvida, uma política institucional necessária para manutenção do negócio dentro do contexto da saúde.



3) RS - Quais requisitos de avaliação de acreditação internacional de uma unidade hospitalar são levados em conta em relação aos projetos e ações voltados ao meio-ambiente e sustentabilidade?HJ - O manual de acreditação tem todo um capítulo dedicado ao "Gerenciamento do Ambiente Hospitalar", que leva em conta as ações de gerenciamento das instalações e segurança. Nessa parte vários aspectos são considerados para a gestão do ambiente, a começar pelo completo e adequado atendimento aos requerimentos legais e regulamentos nacionais, estaduais ou municipais vigentes e aplicáveis ao conjunto de serviços e estrutura da instituição.
As lideranças institucionais devem atender e manter toda essa legislação, o que atualmente inclui diversos aspectos de manutenção e sustentabilidade dos elementos ambientais, como a coleta, segregação e adequado armazenamento e destinação de todos os resíduos de serviços de saúde produzidos na instituição. Alguns hospitais já adotaram o uso de coleta seletiva e a tecnologia de compactação das toneladas de lixo produzidas diariamente pelos diversos departamentos.
Também os aspectos de identificação e contenção na ocorrência de derramamento de resíduos tóxicos, como os produzidos nas unidades diagnósticas de radiologia ou laboratórios clínicos. Podemos incluir também o tratamento de esgotos e afluentes, antes de dispô-los na rede pluvial. Por fim, a instituição deve definir e estabelecer um consistente e abrangente programa de gerenciamento, com mecanismos de monitoramento constante das instalações e do próprio ambiente, garantindo total segurança aos pacientes, profissionais e demais ocupantes, resguardando a qualidade em todos os seus aspectos.



4) RS - O que os hospitais têm de fazer para serem acreditados nesse sentido? HJ - Atender aos requisitos previstos nos capítulos de "Gerenciamento das Instalações e Segurança" e de "Governo, Liderança e Direção". Em todos os hospitais até o momento acreditados, foi necessária uma significativa mudança nos conceitos e formas de gerenciamento do ambiente, a começar pela contratação de profissionais especializados e de dedicação a esses segmentos de serviços. Isso inclui engenheiros e técnicos de segurança ambientais e do trabalho, que desenvolveram elaborados programas de gerenciamento e monitoramento,com estratégias especificas para dar conta dos requerimentos dos padrões do manual de acreditação, assim como dos requerimentos legais recentemente publicados pelos órgãos oficiais e governamentais.
A agregação desses profissionais ao trabalho das Comissões de Controle de Infecção e de Medicina e Segurança do Trabalho tem gerado expressiva mudança de comportamento nos profissionais que atuam nessas instituições, fazendo criar nova consciência sobre esta questão da sustentabilidade e manutenção da qualidade do ambiente.



5) RS - O que o senhor entende por ‘responsabilidade social’?HJ - A responsabilidade social está mesmo na essência do negócio e da missão de qualquer instituição de saúde, pois a saúde é, como definido na própria Constituição Federal, universal e deve ser garantida para todos, sem distinção. Mesmo no caso das instituições privadas, fica clara a necessidade de garantir não somente tratamento de uma doença, mas sim a de considerar o paciente/cliente como um indivíduo em todas as suas dimensões e necessidades. Desenvolver educação, gerando a prevenção e promoção de agravos à saúde, o que toda instituição de saúde tem a obrigação de realizar, é uma ação de responsabilidade social.
Além dessa, as iniciativas voltadas a desenvolver processos de melhoria de saúde em sua própria comunidade e outras comunidades relacionadas, como a geográfica de sua região, devem também ser adotadas como atitudes de responsabilidade social. No processo de Acreditação Internacional desenvolvido pelo Consórcio Brasileiro de Acreditação e Joint Commision International, essa questão é diretamente tratada em seus manuais e padrões, no tocante ao Capítulo do Governo, Liderança e Direção. De forma ilustrativa, a instituição deve, portanto, extrapolar seus limites e buscar interagir e melhorar a sua comunidade como um todo, não apenas atuando como “tratador de doenças”.



6) RS - Investir em meio ambiente e sustentabilidade é uma tendência?HJ – Totalmente. Aqueles que ainda não ingressaram nessa tendência terão pouco tempo para fazê-lo, pois além da "política do socialmente correto", já ser praticada em todo o mundo, no Brasil começa a emergir uma legislação específica e rigorosa sobre essa questão. Embora uma instituição de saúde seja o centro para tratar de doenças, nessa sua missão a grande produção de resíduos e elementos tóxicos ao ambiente e aos indivíduos deve ser tratada como uma questão prioritária para a manutenção da qualidade de vida de todos.



7) RS - Para o senhor, como o tema de responsabilidade social evoluirá no setor nos próximos anos?HJ - O tema já tem evoluído no âmbito das discussões e eventos, mas como citado anteriormente, ainda não de forma consistente. As instituições de saúde têm se apropriado de novos conceitos e formulações de estratégias visando entender e atender ao que solicita a responsabilidade social e ambiental. A própria legislação brasileira também tem contribuído com esse movimento. Por exemplo, o devido tratamento e destinação de resíduos de serviços de saúde, incluindo o seu lixo, agora tem regulamentos específicos, recentemente publicados pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária, o que vem minimizando o fato de que as instituições de saúde contaminem ou prejudiquem o ambiente com descartes inadequados de seus resíduos.
Além da legislação, programa de certificação como a própria Acreditação e outros de caráter específicos, definirão novos parâmetros e requerimentos para as instituições de saúde, criando um claro diferencial entre aquelas que efetivamente praticam a responsabilidade social e ambiental daquelas que têm iniciativas incipientes ou isoladas. Algumas entidades associativas na área de saúde já estão exigindo essas certificações para incluir novos membros em seus seletos grupos, o que também definirá novas perspectivas nesse ambiente da responsabilidade social e ambiental.



8) RS - Que medidas o senhor elege como prioritárias para o setor ser considerado sócio-responsável?HJ - Em primeiro lugar, o estabelecimento, divulgação e implementação sistemática de políticas e práticas sociais e ambientais de caráter institucional. Depois, o completo e efetivo cumprimento de todas as leis e regulamentos aplicáveis no âmbito da prática social e ambiental, de caráter federal, estadual e municipal. Em seguida, a busca de certificações válidas e reconhecidas no cenário nacional e internacional, a partir de entidades certificadoras/acreditadoras de credibilidade. Por fim, que as ações sócio-responsáveis possam ser monitoradas e consideradas como elementos de avaliação de performance e desempenho das instituições no âmbito de sua comunidade, tendo representantes da própria comunidade e terceiras parte como integrantes desse sistema de avaliação.
9) RS - A busca pela acreditação tem crescido nos últimos anos? O que explica esse aumento? HJ - A acreditação internacional no Brasil tem avançado de modo progressivo e consistente. Não somente pelo aumento do número de instituições de saúde que ingressaram ou já alcançaram o certificado, mas também pelo crescente interesse e pelas novas perspectivas que se configuram no movimento da qualificação do setor saúde o Brasil.
Cada vez mais as instituições buscam diferenciais e modelos competitivos baseados em selos ou programas de qualidade. A Acreditação Internacional desenvolvida pelo Consórcio Brasileiro de Acreditação, representante exclusivo da Joint Commission International no Brasil tem sido um desses diferenciais na medida em que a melhoria da qualidade é uma garantia de melhores práticas e resultados assistenciais, tendo a segurança como elemento central.
A carteira de clientes do CBA-JCI, representada por instituições de reconhecida referência no Brasil denota essa qualidade como diferencial, incluindo Hospital Israelita Albert Einstein, Hospital Sírio Libanês, Hospital do Coração, Hospital Samaritano, Hospital Moinhos de Vento, Hospital Alemão Oswaldo Cruz e Hospital Copa D’Or, entre outros.
Um movimento que também vem colaborar fortemente com o avanço da acreditação no Brasil é o trabalho que vem sendo desenvolvido na Agência Nacional de Saúde Suplementar, cujo objetivo será a criação de um modelo de acreditação para as Operadoras e Seguros de Saúde. Esse modelo prevê que essas empresas também passem a considerar e solicitar um processo de qualificação para a sua rede credenciada e o indicativo nas discussões dos grupos técnicos já em andamento, apontam que a acreditação será um referencial para essa qualidade exigida das instituições de saúde credenciadas.
Fonte: cynthia@responsabilidadesocial.com -- Cynthia Ribeiro