sábado, 31 de julho de 2010

JOINT COMMISSION INTERNATIONAL 2010 EXECUTIVE BRIEFINGS

Singapore
15-16 September 2010
17 optional session

Dubai, United Arab Emirates
21-22 September 2010
23 September - optional session

Barcelona, Spain
29-30 September 2010
01 October 2010 - optional session

www.jointcommissioninternational.org

segunda-feira, 26 de julho de 2010

Prontuário Eletronico


por Carla Gouvea
Assistente Especial da COAME
Consorcio Brasileiro de Acreditação

1.Por que os prontuários eletrônicos são importantes?
O prontuário clínico é a fonte primária de informações sobre todo o processo de cuidado aos pacientes. Ter seu prontuário elaborado é um direito de todo paciente e uma obrigação das instituições de saúde, no caso de pacientes internados, atendidos no ambulatório, no consultório particular, ou mesmo na atenção domiciliar. O registro correto, completo e feito em tempo hábil nos prontuários é essencial para uma boa comunicação entre a equipe de saúde, a prestação de cuidados de qualidade e mais seguros e para uma melhor gestão da instituição de saúde.
Se imaginarmos o grande volume de dados produzidos diariamente nas consultas, exames e internações em um Hospital de alta complexidade como os da rede do INCA, concluímos como o prontuário eletrônico é de grande utilidade. O prontuário eletrônico do paciente (PEP) promove uma gestão mais eficiente, por exemplo, auxiliando o planejamento e diminuindo o desperdício ocasionado com a duplicidade de pedidos de exames e testes. Ele promove a qualidade e a segurança do cuidado através de alertas e avisos que podem impedir eventos adversos a drogas ou erros de medicação. Com a tecnologia hoje já disponível, os registros dos prontuários podem ser acessados por vários usuários em locais diferentes e a qualquer momento. A informação pode estar disponível sempre que necessário permitindo a continuidade do cuidado.

2. Como a acreditação está estimulando o uso dos prontuários eletrônicos nos hospitais?
A acreditação internacional não é prescritiva, ela não diz qual a solução que uma instituição de saúde deve adotar. Até porque uma mesma solução pode não ser adequada para duas ou mais instituições. Os padrões internacionais de acreditação da JCI/CBA orientam o bom gerenciamento da informação. Conforme foi dito anteriormente, o grande volume de dados e informações gerados e a necessidade de se garantir a qualidade e a segurança dos cuidados fazem com que a saúde seja um setor propício à utilização das tecnologias da informação e comunicação (TIC). E embora seja inegável o quanto essas tecnologias têm a oferecer neste sentido, os princípios do bom gerenciamento da informação que norteiam os padrões de acreditação internacional aplicam-se a sistemas de prontuário eletrônico ou com base em papel.

3. O que o CBA aconselha para os hospitais que ainda não iniciaram o processo de implantação dos prontuários eletrônicos? Como devem agir?
Para utilizar as TIC, por exemplo, para implantar o prontuário eletrônico do paciente, cada instituição deve analisar as suas necessidades e os recursos de que dispõe. Esse é o primeiro passo e indispensável para não haver gastos desnecessários e para se superar a resistência que ainda existe por parte de alguns profissionais de saúde.
Como todo novo processo em uma instituição, a implantação do PEP implica em mudanças e necessidade de treinamento de todos os envolvidos. Além disso, exige o cumprimento de novas normas e legislações. Por exemplo, atualmente no Brasil está em vigor a Resolução n° 1821/2007, do Conselho Federal de Medicina, que trata do prontuário eletrônico, da possibilidade de eliminação do papel (desde que cumpridos alguns requisitos), entre outras determinações.

4. Os prontuários eletrônicos levam um período longo para serem implantados. Isso afeta na avaliação da acreditação?
O processo de acreditação internacional da JCI/CBA está voltado para a melhoria contínua da qualidade, através de padrões que visam a excelência do cuidado. A avaliação de acreditação busca determinar o quanto as instituições de saúde já caminharam para alcançar conformidade com esses padrões. Conforme ressaltado anteriormente, a implantação de prontuários eletrônicos requer planejamento e recursos. Muitas vezes, insucessos, períodos longos de implantação dos sistemas informatizados e constantes mudanças nos programas utilizados, refletem a falta de planejamento ou a falta de conhecimento sobre as especificidades do setor saúde por parte daqueles que planejam. Além disso, a não participação dos profissionais de saúde nos projetos de informatização e recursos financeiros aquém do necessário são outras questões importantes. Todos esses aspectos serão avaliados dentro do proposto pelos padrões de acreditação.

segunda-feira, 12 de julho de 2010