BP adota compliance e melhora a relação entre os públicos interno e externo
Compliance em Saúde. Qual o papel do gestor e de cada um dos membros de uma instituição de saúde, para garantir a qualidade no setor? Para falar sobre o tema, convidamos a representante de uma instituição que tem um hospital acreditado pela Joint Commission International desde 2013, o BP Mirante. Com a palavra, Denise Santos, CEO da BP - A Beneficência Portuguesa de São Paulo.
O que é o conceito de compliance para uma instituição como a BP?
Na BP, o conceito de compliance praticado e difundido é o de estar aderente a normas internas, legislação, cultura, valores sociais e estratégia. Esse contexto, evidentemente, contempla a ética, a transparência e a segurança que entendemos ser o pilar fundamental para garantir a assistência livre de danos ao cliente.
Há quanto tempo a BP vem desenvolvendo programas nesse sentido?
Desde 2014 estamos trabalhando forte para implementar os elementos essenciais de compliance: mapeamento de riscos, revisão do Código de Conduta, implementação de Canal Confidencial e condução de trabalhos de monitoramento de processos por meio de auditoria e treinamentos. Vale destacar que a BP possui uma área de Auditoria Interna, Riscos e Compliance dedicada a esses programas.
Quais os principais objetivos da aplicação do conceito de compliance em uma instituição de saúde?
Numa instituição como a BP que possui 7 unidades de negócio, sendo 3 hospitais, cerca de 8 mil colaboradores, atua num mercado altamente competitivo, atende a inúmeras exigências técnicas e administrativas de diversos órgãos reguladores e continua crescendo, sem abrir mão da qualidade do serviço que presta, compliance é vital. É quase impossível imaginar tudo isso funcionando de maneira eficiente e sustentável, sem transparência nas relações, à margem da ética e sem regras de negócio bem alinhadas. E é por meio do compliance que resolvemos essas questões e criamos um ambiente de trabalho saudável e favorável.
De que forma adotar técnicas de compliance pode melhorar o desempenho de uma instituição de saúde?
Quando uma instituição adota o conceito de compliance alinhado à sua estratégia, ela consegue tornar os processos mais fluidos, transparentes e criar condições para que os eventuais desvios sejam detectados com mais agilidade. Isso tudo facilita a aplicação de ações preventivas pontuais, minimizando impactos para clientes, colaboradores, parceiros e fornecedores.
Como esse conceito é trabalhado entre os colaboradores da BP?
Buscamos promover a difusão e fixação de conceitos, aliados à vivência prática. Logo na admissão, os colaboradores tomam ciência do Código de Conduta da BP, um orientador de convívio que também é divulgado para os médicos. Além disso, desde 2016, o conceito é abordado em eventos internos periódicos como a Semana de Ética e Compliance, evento dedicado ao tema com exposições relevantes e com a presença de colaboradores e palestrantes externos.
Desde quando essa questão vem sendo mais trabalhada na BP, é possível detectar melhorias no atendimento?
Sim, e isso tem a ver o ambiente que criamos. Detectamos isso diariamente no ambiente interno e, principalmente, nas relações com médicos e fornecedores.
Há efeitos visíveis na qualidade e segurança do paciente? Como eles chegam aos pacientes?
A adesão às normas internas, inclusive protocolos médicos, legislação, cultura, valores e estratégia, beneficia todos os nossos públicos, principalmente o cliente, que sente que está sendo atendido com segurança, transparência e ética.
Quais os maiores desafios e as principais dificuldades para a implementação de um programa de compliance?
Num ambiente complexo e dinâmico como a BP, é necessário ter consistência no discurso. Assim, o maior desafio é tornar o tema presente e de fácil entendimento para todos os nossos públicos.
De que forma os padrões de acreditação internacional da JCI contribuem para a implantação das medidas de compliance da BP?
Os padrões da Joint Commition International (JCI) norteiam a elaboração das normas e diretrizes internas que estão inseridas nas nossas práticas de compliance. Dessa forma, incorporamos esses padrões de excelência ao nosso dia a dia e eles deixam ser metas a serem atingidas e passam a ser entendidos pelos colaboradores como parte de um processo, uma característica de como determinada rotina de trabalho deve ser executada dentro da BP.