Metodologia reduz desperdícios, aumenta produção e causa impacto nos custos e lucros das instituições de saúde.
Ela surgiu, no Japão, na década de 40 na indústria automotiva e só chegou à área hospitalar sessenta anos depois. Estamos falando de uma metodologia capaz de produzir serviços de alta qualidade, com processos otimizados e seguros, o que implica na redução do desperdício, de erros de processos e eliminação do retrabalho, impactando diretamente nos custos relacionados. É a metodologia Lean, já implementada com sucesso em hospitais norte-americanos e que, aos poucos, vem despertando interesse de profissionais e instituições de saúde brasileiras.
Educadora para acreditação de instituições de saúde e docente do Consórcio Brasileiro de Acreditação (CBA), Ana Luiza Demarchi Geloneze, especialista com formação Black Belt na metodologia Lean Six Sigma, lembra que o Virginia Mason Medical Center (EUA), um dos pioneiros da adoção da metodologia, era até então um hospital deficitário que enfrentava grave crise institucional devido a um erro na assistência. “Após um árduo trabalho aplicando Lean, figurou entre os melhores hospitais dos Estados Unidos por seis anos consecutivos, de 2006 e 2011, sendo inclusive eleito pelo Leap Frog Group (organização sem fins lucrativos que avalia a segurança dos hospitais) como o melhor hospital norte-americano”, salienta. Segundo ela, outra instituição daquele país a adotar a metodologia foi o ThedaCare. Com sete hospitais e mais de 6.800 funcionários, a aplicação da ferramenta gerou uma economia superior a U$ 27 milhões. “O modelo de cuidado colaborativo desenvolvido e orientado pela metodologia Lean, resultou em uma redução de 25% dos custos globais da assistência. Entre 2008 e 2011, o ThedaCare aumentou em quase 20% a margem bruta de seu fluxo de caixa”, enfatiza Ana Geloneze, dizendo que, no Brasil, já existem diversas instituições hospitalares que iniciaram sua jornada Lean, revelando resultados expressivos.
Leia na íntegra http://cbacred.org.br/noticias/2016/06/03.asp
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